Tragédia climática desacelera crescimento comercial, apesar de quatro meses seguidos de vendas em alta no país.
Apesar dos resultados positivos dos primeiros quatro meses de 2023, as enchentes no Rio Grande do Sul tendem a desacelerar o avanço nas vendas de todo o País.
A situação das enchentes preocupa a população local, que teme os impactos das inundações e alagamentos nas áreas mais vulneráveis. desacelerar o avanço
Enchentes no Rio Grande do Sul causam prejuízos milionários e afetam o comércio
A CNC estima que as enchentes estejam causando perdas diárias de receitas na ordem de R$ 123 milhões, resultando em um prejuízo total de R$ 3,32 bilhões somente no mês de maio. Esses números representam 18,3% do valor previsto para o período. As inundações não só impactam as cifras, mas também prejudicam a infraestrutura e o abastecimento dos estabelecimentos comerciais. Há uma desaceleração climática evidente, com uma queda acentuada de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas do Estado, conforme dados preliminares da ANTT.
José Roberto Tadros, presidente da CNC, destaca a gravidade das enchentes no Rio Grande do Sul, ressaltando que os danos não se limitam às perdas financeiras, mas também afetam a infraestrutura essencial para o funcionamento do comércio. Ele enfatiza que a Confederação, juntamente com as estruturas do Sesc e do Senac, bem como as Federações do Comércio em todo o país, estão empenhadas em auxiliar a população gaúcha na reconstrução de suas vidas.
O comércio no Rio Grande do Sul é fundamental para a economia do país todo, movimentando R$ 203,3 bilhões em 2023, o que representa 7% do total de vendas no varejo brasileiro. Fabio Bentes, economista da CNC, alerta que as perdas causadas pela tragédia climática devem levar o volume de vendas local de volta aos níveis observados no primeiro semestre de 2021, prejudicando ainda mais a recuperação econômica da região.
Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta as consequências das enchentes, o restante do país vinha apresentando sinais de recuperação no comércio varejista, com quatro meses consecutivos de crescimento. De acordo com a PMC do IBGE, o volume de vendas no comércio varejista brasileiro cresceu 0,9% em abril. Esse desempenho positivo é impulsionado pela redução das taxas de juros, que atingiram 52,95% ao ano em abril de 2024, aliviando o orçamento das famílias.
A expectativa da CNC é de um crescimento de 2,1% no volume de vendas para este ano, apesar dos desafios enfrentados. O economista Fabio Bentes destaca que o aumento constante do varejo é um indicativo positivo para a economia brasileira, especialmente após anos de instabilidade. Segmentos como hiper e supermercados, combustíveis, móveis e eletrodomésticos, veículos e autopeças, e materiais de construção estão entre os destaques do crescimento do comércio varejista.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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