Especialistas acreditam na rápida recuperação da fauna e flora aquáticas gaúcha, mas espécies em extinção estão em maior risco. Águas de serra e planícies, fauna exótica, enchentes, irrigação, reprodução ameaçam. Fauna, flora, faça a sua parte na preservação. Riscos: fauna, flora, águas, espécies, extinção, paisagem, SR.
Da mesma forma que a fauna e flora terrestre, espécies aquáticas do Rio Guaíba, como peixes e anfíbios, também serão afetadas pelas enchentes, no Rio Grande do Sul (RS). Especialistas analisaram a situação para a Agência Brasil, descrevendo o cenário como ‘preocupante’, porém acreditam na capacidade de adaptação dos animais ao longo do tempo. As enchentes no RS são um desafio constante para a vida selvagem, mas a esperança reside na resiliência natural dos ecossistemas locais.
Além disso, as inundações e cheias recorrentes no estado também contribuem para a vulnerabilidade dos habitats aquáticos, exigindo medidas de preservação e monitoramento contínuo. A coexistência entre a população humana e a vida selvagem frente às adversidades das enchentes, inundações e cheias é crucial para a sustentabilidade ambiental a longo prazo. A conscientização sobre a importância da preservação dos recursos hídricos e da biodiversidade é fundamental para garantir um equilíbrio harmonioso entre o homem e a natureza.
Impacto das enchentes do RS nas espécies aquáticas
Os casos mais preocupantes são espécies que já estavam em extinção. As inundações e cheias no RS têm afetado a fauna aquática de forma significativa. Roberto Reis, pesquisador da PUC-RS, descreve como peixes, incluindo espécies exóticas como piranhas e tilápias, são encontrados mortos ou nadando nas ruas de Porto Alegre após a cheia do Rio Guaíba. Reis destaca dois cenários distintos: um na paisagem da serra, onde os rios transbordam e arrastam consigo cidades e a fauna, e outro nas planícies, afetando municípios como Porto Alegre (RS) e Canoas (RS), onde os lagos se expandem e inundam, forçando a fauna a se dispersar.
Recuperação da fauna aquática após as enchentes no RS
Roberto Reis ressalta a resiliência das espécies aquáticas e estima que levará de um a dois anos para que a vida aquática se restabeleça. Embora as enchentes tenham um grande impacto, os peixes e anfíbios têm uma capacidade de reprodução rápida, o que facilita a recolonização das áreas afetadas. No entanto, há preocupações com a introdução de espécies não nativas, como as piranhas que chegaram ao Guaíba devido às inundações na irrigação de lavouras de arroz no Uruguai.
Adaptação da fauna e flora aquática na região do RS
O professor Demétrio Luis Guadagnin, da UFRGS, destaca a adaptabilidade da fauna e flora aquática, cuja recuperação dependerá das características de cada espécie. Enquanto algumas áreas, como as planícies, estão acostumadas às variações dos níveis de água e devem se recuperar rapidamente, outras, como a região serrana, sofrem com a degradação causada pela ocupação humana. Nesses casos, a recuperação da fauna e flora aquática pode ser mais desafiadora.
Fonte: @Olhar Digital
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