Atualização falha do sistema Windows causou interrupção cibernética global. Impacto menor no Brasil devido à limitada ferramenta da CrowdStrike.
Diversas empresas que utilizam o sistema operacional Windows passaram por problemas de travamento em seus computadores na manhã desta sexta-feira (19). A situação gerou uma interrupção cibernética em escala mundial, afetando a operação de aeroportos, hospitais, serviços bancários e de comunicação. É fundamental estar atento às atualizações de segurança para evitar contratempos como esse.
Para evitar contratempos como esse, é essencial manter as atualizações do sistema em dia. A importância de realizar o update regularmente é crucial para garantir a segurança e o bom funcionamento dos dispositivos ele Windows. É sempre recomendável estar atento às orientações dos especialistas em tecnologia para manter a proteção dos sistemas em dia.
Atualização do sistema operacional Windows causa interrupção cibernética global
Uma falha motivada por uma atualização (update) em uma ferramenta chamada Falcon, produzida pela empresa norte-americana CrowdStrike, gerou uma série de problemas em máquinas que utilizam o sistema operacional Windows. Essa ferramenta é fundamental para detectar possíveis invasões hackers, e uma de suas clientes é justamente a Microsoft. A atualização no Falcon resultou em BSOD, ou ‘tela azul da morte’ em português, em diversos computadores.
Especialistas em cibersegurança consultados pelo g1 criticaram a CrowdStrike por ter liberado a nova versão do software sem uma testagem mais segura. Para o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin, é evidente que faltou implementar testes exaustivos em ambientes de pré-produção que simulem cenários reais antes de liberar atualizações. Ele também destacou a importância de um lançamento gradual da atualização para um pequeno grupo de usuários antes de expandir para a base completa.
Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, explicou que a recuperação desses computadores é um processo manual e lento, pois requer a remoção da atualização em uma série de etapas que um usuário comum teria dificuldade em realizar. Ayub ressaltou que, para uma empresa ser afetada pelo problema, três fatores precisam ser combinados: ser usuária de sistemas Windows, ser cliente da fabricante da solução de segurança que provocou o problema e ter permitido a atualização do produto.
No Brasil, o impacto da falha tem sido menor do que em outros países devido à combinação desses fatores. A CrowdStrike tem um alcance comercial menor no país. Ayub enfatizou que postergar atualizações em sistemas de segurança não é prudente, pois isso aumenta a vulnerabilidade. Ele comparou a situação a adiar tomar um remédio para prevenir uma doença, ressaltando a importância de agir rapidamente diante de novas ameaças.
A Microsoft informou por volta das 8h10 (horário de Brasília) que a falha já havia sido resolvida, mas alertou que problemas residuais ainda poderiam ocorrer. Os clientes que continuarem enfrentando problemas foram instruídos a entrar em contato com a CrowdStrike para obter assistência adicional. O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, assegurou que o problema na atualização foi identificado, isolado e corrigido.
Essa atualização problemática serve como um lembrete da importância de testes rigorosos e de um lançamento cuidadoso de atualizações de software, especialmente em sistemas críticos como os de segurança cibernética. A pressa na implementação de atualizações pode resultar em falhas graves, afetando milhares de usuários em todo o mundo. É fundamental aprender com esses incidentes para evitar problemas semelhantes no futuro.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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