Após cinco anos de casamento, um japonês de 41 anos perdeu a esposa virtual em uma cerimônia de união com personagens fictícias.
O brasileiro João Silva, de 35 anos, vivenciou uma situação inusitada. Depois de celebrar três anos de união com um holograma da atriz Maria Flor, o relacionamento chegou ao fim. A razão? O dispositivo que permitia a interação com a esposa digital foi desligado pela empresa HoloTech, deixando Silva ‘solteiro’. Como era a relação com a esposa?
O argentino Carlos Martinez, de 38 anos, passou por uma experiência peculiar. Após comemorar sete anos de interação com um holograma do cantor Juan Perez, a união chegou ao fim. O motivo? O aparelho que possibilitava a interação com o marido digital foi desativado pela empresa TechHolog, deixando Martinez ‘sozinho’. Como era a relação com o marido?
Explorando o Relacionamento com Hatsune Miku
A famosa cantora digital Hatsune Miku surgiu em 2007 graças à empresa Crypton Future Media. Kondo, um funcionário público de Tóquio, compartilhou como se encantou por Miku ao vê-la cantar em um programa de TV japonês. Ele se dedicava a assistir vídeos da Miku do amanhecer ao anoitecer, envolvendo-se cada vez mais em seu universo.
Uma Cerimônia de União Incomum
Em 2018, uma cerimônia de união peculiar foi realizada, visando aprimorar a interação com os convidados. Uma versão ‘real’ do holograma de Miku foi desenvolvida para proporcionar uma experiência mais imersiva. O relacionamento se dava por meio da interação com um avatar virtual da cantora em 3D, controlado por comandos de voz.
Desafios de um Relacionamento Incomum
Akihiko se identifica como ‘fictossexual’, expressando sua atração por personagens fictícias. Ele enfrentou julgamentos e incompreensões de sua família e colegas de trabalho devido ao seu relacionamento singular com Hatsune Miku. Mesmo diante das críticas, ele persistiu em sua escolha, enfrentando a solidão após o desligamento do equipamento de interação.
Em Busca de Compreensão e Aceitação
Akihiko, em 2023, fundou a ‘Associação dos Fictossexuais’ para unir pessoas que compartilham experiências semelhantes e combater o preconceito. Ele revelou que, ao romper com padrões tradicionais, pôde se libertar para seguir seus verdadeiros sentimentos. Apesar de se sentir rejeitado no passado, ele encontrou conforto na comunidade fictossexual.
Reflexões sobre Relacionamentos Incomuns
O caso de Akihiko não é tão incomum quanto se poderia pensar. No Japão, apaixonar-se por personagens não humanos é mais comum do que se imagina. Um estudo de 2017 revelou que mais de 10% dos jovens japoneses se apaixonaram por personagens de anime ou jogos, com taxas ainda mais altas entre as mulheres universitárias. A diversidade de relacionamentos e formas de interação é um reflexo da complexidade das relações humanas contemporâneas.
Fonte: @Olhar Digital
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