Estado afirma: estiagem pode agravar desabastecimento em comunidades devido à seca dos rios. Novo cenário esperado.
O Amazonas enfrenta uma grave estiagem, com os rios Envira e Tarauacá sendo fortemente impactados pela falta de chuvas. De acordo com informações da Defesa Civil Municipal, a situação é preocupante e pode representar a maior crise hídrica dos últimos tempos no estado. Cerca de 10 mil moradores já sentem os efeitos da estiagem, que resulta no isolamento de comunidades e na escassez de água potável.
A seca dos rios na região tem gerado consequências alarmantes, afetando diretamente a vida de milhares de pessoas. A falta de chuvas prolongada agrava a situação, aumentando a vulnerabilidade das comunidades locais. É fundamental que medidas de apoio e assistência sejam tomadas com urgência para minimizar os impactos causados pela estiagem e garantir o bem-estar da população afetada.
Estiagem no Amazonas: Cenário e Desafios
A estiagem é um problema recorrente no Amazonas, que causa diversos impactos, incluindo a seca dos rios e o isolamento de comunidades. O cenário esperado para este ano é preocupante, com previsões indicando que a estiagem será ainda mais severa do que em 2023, quando o Rio Negro atingiu níveis históricos de baixa, chegando a 13,59 metros. Até o momento, 20 cidades já declararam situação de emergência devido à escassez de água. Em Manaus, o Rio Negro registrou uma queda de 54 centímetros somente no mês de julho.
A seca tem se agravado ao longo dos anos, com o fenômeno iniciando mais cedo do que o habitual. Em 16 de julho de 2023, o Rio Tarauacá, que banha a cidade de Envira, media 8,55 metros, enquanto um ano depois, no mesmo dia, o nível havia baixado para 5,26 metros. Em algumas áreas, é possível atravessar o Rio Jurupari a pé devido à redução drástica do volume de água. No fim de semana, as águas chegaram a apenas 1,22 metro, contrastando com os 6,77 metros registrados no ano anterior.
No Acre, a seca também é um desafio, apesar do recorde de cheia registrado em fevereiro. A Defesa Civil tem orientado a população a buscar abrigo nas sedes dos municípios mais afetados para garantir o recebimento de alimentos e evitar o isolamento.
A situação se torna ainda mais crítica diante das eleições que se aproximam. A Defesa Civil do Amazonas tem se mobilizado para garantir a logística necessária para a votação, considerando os efeitos da estiagem severa no estado. Estratégias estão sendo discutidas para assegurar que a população possa exercer seu direito ao voto sem maiores contratempos.
O Governo do Estado já decretou estado de emergência em 20 cidades nas calhas do Juruá, Purus e alto Solimões, preparando-se para uma possível crise tão grave quanto a do ano anterior. Ações preventivas estão sendo implementadas desde o início do ano, com foco no abastecimento de água potável, insumos médicos, apoio à produção rural e logística para manter os serviços essenciais em funcionamento. As cidades afetadas já estão recebendo suporte, visando mitigar os impactos da estiagem e garantir a assistência necessária à população local.
Fonte: @ Terra
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