Alunas da rede pública do DF criaram sistema de programação de voz para incluir Ana nas aulas. Menina de 12 anos digita textos que viram ‘A voz de Ana’.
Projeto envolveu estudantes do CEF 213 de Santa Maria no desenvolvimento de um aplicativo de comunicação por voz, visando auxiliar uma colega com paralisia cerebral. A paralisia cerebral é uma condição que resulta de danos cerebrais ocorridos durante o desenvolvimento do cérebro, afetando o controle dos movimentos e funções cognitivas.
A importância de projetos como esse vai além de auxiliar indivíduos com paralisia cerebral, contribuindo para a inclusão de pessoas com deficiências neurológicas na sociedade. A conscientização sobre as necessidades e potenciais dessas pessoas é fundamental para promover uma sociedade mais igualitária e acolhedora. sistema
Projeto ‘A Voz da Ana’ e a Inclusão de Meninas nas Ciências Exatas
‘A Voz da Ana’ é um dispositivo inovador que combina um sistema de voz e um teclado, permitindo que uma jovem de 12 anos com paralisia cerebral se comunique de forma eficaz. A paralisia cerebral é uma deficiência neurológica que resulta em alterações permanentes no desenvolvimento motor e cognitivo. No entanto, o projeto ‘A Voz da Ana’ demonstra como a tecnologia pode superar essas barreiras e promover a inclusão.
Estudantes do Centro de Ensino Fundamental 213 de Santa Maria, no Distrito Federal, desenvolveram o protótipo para ajudar sua colega Ana Vitória a se comunicar com os colegas. A iniciativa recebeu apoio da Universidade de Brasília (UnB), que incentiva meninas e mulheres a se interessarem pelas ciências exatas, buscando aumentar sua presença nesse campo do conhecimento.
O professor William Viera, responsável pelo projeto, percebeu o potencial de Ana Vitória para a escrita e a leitura, mesmo sem falar. Com o uso de um tablet da escola, surgiu a ideia de criar um dispositivo que permitisse a interação de Ana com seus colegas em sala de aula. A proposta foi abraçada pelas estudantes, que se dedicaram a desenvolver a ‘Voz de Ana’ usando o programa Scratch, uma linguagem de programação versátil.
O equipamento, inicialmente feito com papelão, foi aprimorado por um grupo de 11 adolescentes, que adaptaram um teclado para que Ana pudesse digitar e interagir de forma mais ágil. Através desse dispositivo, Ana passou a participar ativamente das atividades em sala de aula, conversando com os professores e colegas, e até mesmo auxiliando na chamada.
O projeto ‘A Voz da Ana’ não apenas proporcionou uma nova forma de comunicação para Ana Vitória, mas também destacou a importância da inclusão e do estímulo às meninas nas áreas de ciências exatas. A iniciativa demonstra como a tecnologia aliada à criatividade e ao trabalho em equipe pode promover mudanças significativas na vida de pessoas com deficiências neurológicas, como a paralisia cerebral.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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