Variantes genéticas ligadas a mais café podem aumentar risco de obesidade e problemas de saúde mental devido à cafeína em excesso.
Uma nova pesquisa revela que a genética pode ter impacto tanto na quantidade de café consumida por um indivíduo, quanto na probabilidade desse consumo gerar consequências benéficas ou prejudiciais para a saúde.
O café é uma bebida amplamente apreciada em todo o mundo, consumida diariamente por milhões de pessoas. Aqueles que costumam consumir café regularmente podem se beneficiar de seus efeitos estimulantes, mas é importante estar ciente de que o excesso pode trazer efeitos adversos à saúde. É essencial encontrar um equilíbrio saudável ao consumir essa popular bebida.
Estudo revela conexões importantes entre genética, consumo de café e obesidade
O estudo publicado na revista Neuropsychopharmacology em junho aborda a questão do café e sua relação com a obesidade. Embora não forneça uma resposta definitiva sobre se o café é benéfico ou prejudicial, a pesquisa destaca conexões significativas entre genética, consumo de café e obesidade.
Os pesquisadores exploraram as relações entre o consumo da bebida e as condições de saúde mental, revelando conexões indiretas entre esses fatores. A quantidade de café ou cafeína consumida por uma pessoa pode ter influência genética, sendo parcialmente herdada dos pais. Estudos anteriores com gêmeos indicam que características relacionadas à cafeína são hereditárias em até 58%.
Abraham Palmer, um dos autores do estudo, mencionou que havia motivos para suspeitar que genes desempenham um papel na quantidade de café consumida. Evidências estatísticas apontam para a hereditariedade dessa característica, com variantes genéticas específicas influenciando a preferência por café.
A pesquisa também investigou a relação entre genética, café e obesidade, utilizando um estudo de associação do genoma inteiro. Os dados genéticos e informações sobre o consumo de café foram analisados em duas grandes bases de dados, revelando variantes genéticas associadas ao consumo da bebida e à metabolização da cafeína. Participantes com genes ligados ao maior consumo de café apresentaram maior propensão à obesidade.
Embora a presença desses genes não signifique que o consumo de café leve necessariamente à obesidade, os resultados indicam uma influência genética no desenvolvimento dessa condição. Por outro lado, a relação entre café e saúde mental não foi tão clara, com resultados menos conclusivos ao analisar doenças psiquiátricas.
A pesquisa destaca a complexa interação entre genética, consumo de café e saúde, ressaltando a importância de entender como os fatores genéticos podem influenciar os efeitos positivos e negativos do café no organismo.
Fonte: © CNN Brasil
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