A metade da população entrevistada, composta por aproximadamente 10 mil advogados e 10 mil advogadas, relatou usar atividade física como estratégia de autocuidado. Dados de bem-estar de trabalhadores da profissão revelaram melhor qualidade de vida, apesar de degradações laborais. Gerenciaram responsabilidades domésticas, gerenciam dupla jornada, e buscaram terapia. Diferenças entre gêneros foram identificadas, com a maioria sendo mulheres advogadas. Boa percepção da prática é indicada. (146 caracteres)
Apenas 14% dos advogados brasileiros buscam terapia e atendimento psicológico. Esta foi uma das conclusões do estudo PerfilADV – 1º Estudo sobre o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira, pesquisa pioneira da OAB Nacional em parceria com a FGV. De acordo com o levantamento, mais da população recorre a atividades físicas como estratégia de autocuidado. Esses números revelam a importância de aprimorar ações voltadas para o bem-estar dos advogados.
Além disso, o estudo analisou a relação entre o bem-estar dos advogados e seu desempenho profissional. Os resultados mostraram que aqueles que buscam apoio emocional tendem a lidar melhor com o estresse do dia a dia e a manter um equilíbrio saudável. É fundamental que dados de bem-estar sejam levados em consideração para promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para os profissionais da área jurídica.
Levantamento e análise dos dados de bem-estar dos advogados
Um recente levantamento consultou cerca de 20.885 profissionais inscritos no CNA – Cadastro Nacional dos Advogados e apurou interessantes informações sobre a rotina desses trabalhadores da justiça. Dentre os dados levantados, destaca-se que a maioria dos advogados adota o exercício físico como estratégia para manter a saúde e a qualidade de vida em dia.
Enfoque na prática esportiva e na terapia na advocacia
Os números revelam que aproximadamente metade dos entrevistados, cerca de 10 mil advogados e 10 mil advogadas, estão engajados em práticas esportivas, o que representa 52% do total. Em contrapartida, apenas 2 mil profissionais (14%) buscam a terapia como forma de cuidar da mente e do emocional. Essa disparidade coloca em destaque a importância de se abordar a saúde mental na rotina desses trabalhadores.
A importância do bem-estar para o trabalhador da justiça
A relação entre o trabalho e a qualidade de vida é crucial, especialmente quando se trata de profissões que lidam com alto nível de estresse, como é o caso da advocacia. Proteger os trabalhadores de degradações laborais é um desafio constante e uma preocupação que deve ser abordada com seriedade.
Diferenças no gênero no contexto da saúde mental
O estudo revelou diferenças significativas na adoção de terapia entre homens e mulheres advogadas. Enquanto 20% das advogadas entrevistadas participam de sessões terapêuticas, apenas 8% dos advogados buscam esse tipo de suporte. Essa disparidade aponta para a necessidade de abordar as questões de gênero e a percepção da saúde mental dentro da profissão.
Desafios enfrentados pelas mulheres advogadas
Além das diferenças no gênero, as mulheres advogadas enfrentam desafios particulares, como a sobrecarga da dupla jornada. Além das responsabilidades profissionais, muitas vezes precisam gerenciar tarefas domésticas, o que impacta diretamente em seu nível de estresse. Esse cenário ressalta a importância de oferecer suporte psicológico adequado a essas profissionais.
A percepção da terapia na advocacia
A terapeuta Fátima Antunes destaca a importância de desconstruir a ideia de que a terapia é destinada apenas a indivíduos frágeis. Pelo contrário, a terapia é uma ferramenta valiosa para fortalecer a mente e lidar com os desafios do dia a dia. No entanto, a resistência dos advogados em buscar ajuda psicológica ainda é um obstáculo a ser superado.
Desafios específicos da advocacia no processo terapêutico
O perfil dos advogados, com sua capacidade de argumentação e resolução de problemas, pode gerar obstáculos no processo terapêutico. Muitos profissionais tendem a tentar solucionar seus próprios dilemas durante as sessões, o que pode interferir no progresso do tratamento. Essa peculiaridade exige um olhar atento e adaptado por parte dos profissionais de saúde mental.
Rumo a uma advocacia mais saudável e equilibrada
Diante desses desafios, é fundamental promover a conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde mental na advocacia. A terapia não deve ser vista como um sinal de fraqueza, mas sim como uma ferramenta poderosa de autoconhecimento e bem-estar. A busca por equilíbrio emocional e mental é essencial para garantir uma prática profissional saudável e sustentável no longo prazo.
Fonte: © Migalhas
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