Pesquisadores sugerem um maior intervalo entre exames de rastreamento de câncer colorretal por meio de exame de colon e íleo, possibilitando a redução de exames invasivos innecessários para grupos sem histórico familiar da doença. Novas evidências apontam para um intervalo longo sem aumentar taxa de incidência e mortalidade padronizadas, beneficiando indivíduos sem histórico familiar de câncer colorretal avançado. Entidades médicas e pesquisadores da área de saúde discutem essa abordagem para detecção precoce mantendo baixa prevalência sustentada. Primeiro resultado negativo significa menor risco.
Uma nova pesquisa sugere estender o intervalo entre as colonoscopias – exame fundamental para o rastreamento do câncer colorretal – de 10 para 15 anos.
Essa descoberta é especialmente significativa para pacientes com histórico familiar de câncer colorretal ou câncer intestinal, pois um intervalo maior entre os exames pode trazer mais conforto e conveniência, mantendo a eficácia no diagnóstico precoce da doença. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde estejam atualizados com as últimas recomendações para garantir a prevenção e o tratamento adequado do câncer colorretal.
Novas Evidências Sugerem Intervalo Maior entre Exames de Colonoscopia para Prevenção do Câncer Colorretal
Um artigo recente, elaborado por pesquisadores da área de saúde de vários países e divulgado na revista científica JAMA Network Open no dia 2, abordou a importância da colonoscopia, um exame do cólon e do íleo terminal, na detecção precoce do câncer colorretal. Esse procedimento é fundamental para identificar precocemente a presença do câncer colorretal, aumentando as chances de sucesso no tratamento.
As entidades médicas recomendam que a colonoscopia seja repetida a cada 10 anos após um resultado negativo para o câncer. No entanto, evidências recentes apontam para a possibilidade de ampliar o intervalo entre os exames. Em 2023, um estudo demonstrou que a detecção precoce de câncer colorretal avançado após uma colonoscopia negativa é rara até 10 anos depois do exame inicial, levando à sugestão de aumentar o intervalo entre as avaliações.
No estudo mencionado, os pesquisadores analisaram um grupo de 110.074 adultos suecos sem histórico familiar de câncer colorretal, que apresentaram resultados negativos em suas primeiras colonoscopias de rastreamento entre 1990 e 2016. A investigação comparou os resultados de câncer colorretal entre esse grupo e um grupo controle de quase 2 milhões de indivíduos que nunca tinham feito o exame.
Os resultados indicaram que os participantes com resultados negativos na primeira colonoscopia tiveram menor risco de desenvolver câncer colorretal e de falecer devido ao tumor ao longo de 15 anos. Com base nesses achados, os autores da pesquisa propõem estender o intervalo entre exames de colonoscopia para 15 anos, considerando que um período maior pode reduzir a realização de exames invasivos desnecessários.
Embora os resultados sejam promissores, os autores destacam que o estudo tem suas limitações, como a predominância de participantes brancos e suecos, o que pode limitar a generalização dos resultados para outras populações. Essas descobertas representam um avanço significativo na compreensão do câncer colorretal e no estabelecimento de diretrizes mais eficazes para o rastreamento e prevenção da doença.
Fonte: © CNN Brasil
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