Oito instituições financeiras reduziram a exposição a empresas de tecnologia, priorizando a diversificação do portfólio em meio a um movimento de rotação de setores.
Um movimento intenso marcou o mês de julho, com a rotação de poder entre os principais candidatos à presidência do Brasil. As novas políticas propostas pelos concorrentes geraram debates acalorados e incertezas no cenário político nacional, enquanto a tecnologia avançava a passos largos, impactando diretamente a economia do país.
Em meio a um cenário dividido, as políticas de proteção à tecnologia artificial ganharam destaque, influenciando a economia e os resultados das eleições. O Trade internacional foi afetado pela rotação de poder e pelas novas diretrizes políticas, com desdobramentos imprevisíveis para a próxima temporada eleitoral.
Variação do Mercado e Movimento de Rotação de Ativos
Segundo as análises de mercado, a competição eleitoral está longe de ser concluída, mas ao longo do último mês, houve um leve predomínio de Trump, o que impulsionou a rotação de ativos na bolsa, conhecida como ‘Trump Trade’. Esse movimento direcionou os investimentos para setores mais convencionais da economia, que poderiam se beneficiar das políticas protecionistas propostas pelo candidato. No entanto, a dinâmica de movimento e rotação de ativos vai além do ‘Trump Trade’.
O cenário eleitoral atual aponta para uma disputa acirrada com a nova candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris. Além disso, o início da temporada de resultados nos Estados Unidos teve um impacto significativo no mercado. As ações de tecnologia, que têm sido objeto de ceticismo devido aos resultados do segundo trimestre das grandes empresas do setor, levaram os investidores a reavaliar seus investimentos nesse segmento.
Seis empresas de tecnologia encerraram o mês de julho com desempenho negativo, refletindo as incertezas em relação à tecnologia artificial e às projeções desafiadoras. Instituições financeiras agora estão buscando alternativas diante de um ambiente mais volátil, a poucos meses das eleições presidenciais. A deterioração da atividade econômica tem gerado instabilidade no mercado, com expectativas em torno de um possível corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.
Os investidores têm buscado ações que possam se beneficiar de um eventual corte de juros, resultando em movimentos de saída de empresas de inteligência artificial para setores e regiões mais favorecidos pela redução das taxas de juros nos EUA. As recomendações de carteiras de ações para agosto refletem essa tendência, com a continuidade do destaque para as ações de tecnologia, juntamente com a diversificação para outros setores.
A Ágora, por exemplo, realizou ajustes estratégicos em seu portfólio, substituindo a Alphabet pela petroleira Exxon Mobil, em busca de uma maior exposição à economia doméstica americana. Essas mudanças refletem a busca por uma abordagem mais alinhada com a realidade econômica atual, em um cenário marcado por movimentos e rotações constantes no mercado financeiro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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