Curitibana faz história na ginástica artística ao chegar à final olímpica, feito inédito no Brasil.
A paranaense Bárbara Domingos, de 24 anos, que garantiu um lugar na final do individual geral na ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos – um feito inédito para a modalidade no Brasil, revela que escolheu ingressar no esporte motivada por uma influência daquela época: Daiane dos Santos.
A ginasta paranaense Bárbara Domingos, que se destacou na ginástica artística ao conquistar uma vaga na final do individual geral nas Olimpíadas, compartilha que sua paixão pelo esporte cresceu ao assistir Daiane dos Santos em ação, inspirando-a a seguir seus passos e alcançar o sucesso no cenário esportivo nacional.
Ginástica Artística e Rítmica: A Jornada de Babi Domingos
Em uma entrevista ao ge, Babi Domingos, também conhecida como Bárbara, deu início à sua trajetória esportiva na ginástica artística aos cinco anos, na mesma época em que Daiane fez história. O encontro entre as duas ocorreu durante o período em que a Confederação Brasileira de Ginástica tinha sua sede em Curitiba.
Bárbara relembra: ‘Eu comecei na ginástica artística com cinco anos, na mesma época do Pan de Ginástica no Rio. Eu a vi e falei: quero fazer ginástica. E lá em Curitiba tem poucos centros de ginástica, tanto que eu comecei em uma praça da prefeitura. Dois meses depois fiz um teste para entrar na equipe e, nesse ano, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) era em Curitiba, a seleção de ginástica artística treinava lá. Quando eu fui pro centro de treinamento de alto rendimento lá, já dei de cara com a Daiane do Santos. Foi muito legal’.
Aos seis anos, Babi fez a transição para a ginástica rítmica, inspirada não apenas pela modalidade, mas também pela representatividade de Daiane, que assim como ela, é negra. ‘Meu pai é negro e minha mãe é polaca do olho claro. Infelizmente, desde criança, a gente vê essa diferença na ginástica. A Daiane me inspirou muito. E eu poder inspirar outras ginastas também, não tem como explicar. É saber que todo mundo que pode estar ali. Tem ginastinhas também que pensam assim: ‘Poxa, vida. Será que vou chegar?’ Chega, sim. É só treinar bastante, confia que vai dar certo’, compartilhou ao ge.
A final do individual geral está marcada para esta sexta-feira (9), às 9h30, no horário de Brasília. Antes disso, às 5h, ocorrem as classificatórias do conjunto, com a participação das ginastas Deborah Medrado, Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victória Borges, representando o Brasil.
Ao longo de sua carreira, Bárbara conquistou medalhas e se destacou em competições internacionais, como os Jogos Pan-Americanos de Lima, onde garantiu a prata na fita. Em 2019, obteve a melhor classificação de uma brasileira em Mundiais de Ginástica Rítmica, encerrando em 31º lugar.
Apesar de uma lesão no quadril em 2020 e o adiamento das Olimpíadas de Tóquio, Bárbara retornou em 2021, tornando-se a primeira brasileira a chegar à final de um Mundial de Ginástica Rítmica, conquistando o 13º lugar. ‘Foi um dos primeiros sonhos que eu realizei, deixar meu nome registrado no mundo’, afirmou ao ge.
Após uma cirurgia no quadril e um período de recuperação, Bárbara alcançou seus melhores resultados nos anos seguintes, ficando em 11º no individual geral no Mundial de 2023 e chegando à final de maças, um feito inédito para o Brasil. Essas conquistas garantiram sua vaga nas Olimpíadas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo