PF prendeu 14 por esquema envolvendo Inovepay e T10 Bank, ligados a lavagem de dinheiro em sistema financeiro.
Foto: Deposit Photos. Tamanho da fonte: -A+A A Polícia Federal de Campinas, no interior de São Paulo, deteve 14 indivíduos esta semana sob suspeita de operar R$ 7,5 bilhões em esquemas financeiros por meio das fintechs Inovepay e T10 Bank.
As fintechs estão ganhando espaço no mercado financeiro, desafiando os bancos tradicionais com inovações digitais. A atuação dessas empresas tem chamado a atenção das autoridades, como no caso da operação em Campinas. É importante estar atento às regulamentações para garantir a segurança e transparência nas transações digitais.
Operação contra Fintechs ilegais desmantela esquema de lavagem de dinheiro
De acordo com a matéria divulgada pelo G1, uma quadrilha elaborou esses dois bancos digitais não autorizados pelo Banco Central (Bacen) com o intuito de cometer crimes contra o sistema financeiro e realizar lavagem de dinheiro. A Polícia Federal revela que os bancos digitais mantinham contas em instituições bancárias tradicionais e disponibilizavam, através da internet, contas clandestinas que viabilizavam transações dentro do sistema bancário oficial.
Para efetuar diversas operações, essas empresas não regulamentadas necessitavam contratar serviços de outras entidades, geralmente por meio do modelo de banking as a service (BaaS), conforme explica o Valor Econômico. Dessa forma, os bancos Rendimento e BS2, que oferecem serviços para tais organizações, também foram impactados.
Na prática, as fintechs atuariam realizando transferências entre seus clientes sem estabelecer uma conexão real entre remetentes e destinatários, sem qualquer vínculo entre correntistas e bancos de acolhimento. Conforme a PF, as transações se tornavam ‘invisíveis’ ao sistema financeiro. Por conseguinte, o esquema favorecia indivíduos protegidos por ordens de bloqueio, penhora e rastreamento.
As transações eram utilizadas por facções criminosas, assim como por empresas com débitos trabalhistas e fiscais. Além das contas em instituições bancárias tradicionais, o grupo também empregava máquinas de cartão de crédito em nome de empresas fictícias, evidenciando a prática de lavagem de dinheiro.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) detectou as irregularidades e denunciou ao Ministério Público Federal (MPF), que incorporou a denúncia ao processo. Durante a investigação, a PF identificou todos os envolvidos de alguma maneira nas fraudes financeiras, seja no suporte logístico, financeiro ou operacional.
Fonte: @Baguete
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