Investimento antecipado em fase de viabilidade para eletrólise de hidrogênio verde no Porto do Pecém, prioridade da mineradora.
A empresa australiana Fortescue revelou hoje sua decisão antecipada de investimento (EID, na sigla em inglês) em um projeto de produção de hidrogênio verde no Porto do Pecém, no Ceará. Essa iniciativa marca um passo importante rumo à sustentabilidade e à inovação tecnológica na região.
O projeto, que visa a produção de hidrogênio limpo de forma sustentável e renovável, representa um marco significativo para a indústria energética local. A utilização do hidrogênio como fonte de energia promissora é essencial para a transição para um futuro mais verde e consciente. A Fortescue reafirma seu compromisso com o desenvolvimento de soluções energéticas inovadoras e ambientalmente responsáveis.
Investimento Antecipado em Hidrogênio Sustentável
A próxima fase crucial para o Porto do Pecém é a decisão final de investimento, uma etapa estratégica que está programada para acontecer em 2025 e determinará o progresso do projeto, conforme divulgado pela empresa em comunicado oficial. A Fortescue optou por não divulgar mais informações específicas sobre o empreendimento brasileiro, no entanto, em uma entrevista anterior à Reuters, a companhia havia mencionado estudos em andamento para a implementação de uma planta com 1,2 gigawatt (GW) de capacidade de eletrólise e um potencial produtivo de 900 mil toneladas de amônia verde, um produto que seria exportado e poderia ser convertido de volta em sua matéria-prima, o hidrogênio, nos países consumidores.
A mineradora, que tem investido também em energia limpa e tecnologia, está finalizando os detalhes e ajustes finais do projeto de engenharia em Pecém, antes de iniciar os preparativos para a instalação da planta. Simultaneamente, está em negociações com fornecedores atuais e potenciais para a contratação de serviços e produtos locais essenciais para o empreendimento.
No comunicado, a Fortescue destacou ainda que enxerga no Brasil um grande potencial para seu projeto, devido à disponibilidade de energia renovável, infraestrutura e capital humano, e ressaltou a aprovação de um marco regulatório para o hidrogênio verde pelo Congresso, considerado um passo fundamental para o setor. ‘A cadeia de valor do H2V (hidrogênio verde) abrange todo o país e trará benefícios para diversos setores industriais, como fertilizantes, cimento, aço e aviação, por exemplo. O Brasil está no caminho certo’, afirmou o gerente regional de Relações Governamentais da Fortescue para a América Latina, Sebastián Delgui.
Além disso, a empresa reiterou seu compromisso em avançar nos projetos Arizona Hydrogen (EUA) e Gladstone PEM50 (Austrália), que já receberam a decisão final de investimento, e continua explorando oportunidades em projetos no Marrocos, Argentina, Nova Zelândia, Omã, Egito, Quênia, Noruega, Jordânia e Estados Unidos, demonstrando seu interesse e engajamento global na expansão do uso do hidrogênio limpo e sustentável.
Fonte: @ Info Money
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