Restos de mamífero herbívoro com armadura óssea grande, parente do grande tatu, foram achados na Argentina, evidência de interação humana.
Fósseis de um parente grande do tatu, com marcas de corte indicando abate, foram descobertos na Argentina, sugerindo a presença de humanos na América do Sul há aproximadamente 21 mil anos, de acordo com especialistas. Esses fósseis pertenciam a um mamífero herbívoro com armadura de grande porte chamado Neosclerocalyptus, integrante do grupo de glyptodontes que habitaram as Américas por mais de 30 milhões de anos antes de serem extintos no final da Era do Gelo, cerca de 10 mil anos atrás.
Os restos fossilizados desse antigo parente do tatu, com evidências de abate, revelam a presença ancestral de humanos na América do Sul há milênios. Os ossos do Neosclerocalyptus, parte dos fósseis de glyptodontes, são vestígios importantes que remontam a uma época anterior ao que se pensava, contribuindo para uma melhor compreensão da história do continente sul-americano.
Descoberta de fóssil de tubarão do tempo dos dinossauros revela segredos antigos
Após um período de intensas chuvas, um fóssil de dinossauro datado de 233 milhões de anos foi encontrado no Rio Grande do Sul. Os cientistas, ao analisarem um mamute, fizeram uma descoberta inédita: fósseis de cromossomos, algo nunca antes documentado. Durante a análise dos restos, os pesquisadores notaram cortes nos ossos que sugerem a presença de Homo sapiens, embora nenhum fóssil humano tenha sido encontrado no local.
Os glyptodontes, parentes distantes dos tatus atuais, eram animais de grande porte, chegando a ter o tamanho de um carro pequeno. Com uma armadura óssea imponente, lembrando um casco de tartaruga, esses mamíferos herbívoros possuíam uma estrutura robusta, incluindo uma cauda forte e membros curtos. Uma das menores espécies, o Neosclerocalyptus, media 180 cm de comprimento e pesava cerca de 300 kg.
Os cortes nos ossos, localizados na região da pélvis, cauda e armadura, indicam um padrão de abate focado em áreas com maior quantidade de carne. Esses cortes, feitos de forma precisa, sugerem o uso de ferramentas de pedra lascada e martelos de pedra, conforme apontado pelo antropólogo Miguel Delgado, da Universidade Nacional de La Plata.
Mariano del Papa, líder do estudo, ressaltou que as marcas observadas nos fósseis só poderiam ter sido feitas por humanos. A descoberta lança luz sobre a ocupação das Américas, tema de intenso debate entre os pesquisadores. Novas evidências indicam que os humanos chegaram ao continente muito antes do que se pensava inicialmente, redefinindo a narrativa histórica.
Os fósseis do Neosclerocalyptus representam uma das evidências mais antigas da interação humana com os grandes mamíferos da Era do Gelo. A presença de cortes precisos nos ossos desses animais sugere uma relação direta entre os humanos e a extinção de diversas espécies na América. As descobertas recentes desafiam o modelo tradicional de ocupação humana no continente, abrindo novas perspectivas para a compreensão da história pré-histórica.
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo