Ibama achou muitos animais em gaiolas após petshop em Porto Alegre inundar, crimes ambientais.
Resumo Sete colaboradores da rede de petshop Cobasi foram acusados pelo Ibama por óbito de animais em duas unidades de Porto Alegre, RS, afetadas por alagamentos. Em uma delas, 38 corpos foram descobertos.
As autoridades estão investigando as circunstâncias que levaram à morte dos animais e garantindo que a justiça seja feita para evitar mais falecimentos desnecessários.
Funcionários da Cobasi indiciados por mortes de animais em lojas submersas
Sete funcionários da rede de petshop Cobasi foram oficialmente indiciados pela polícia do Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira, dia 12, em relação às mortes de animais que ocorreram dentro de duas lojas que foram submersas durante as intensas chuvas que assolaram Porto Alegre no mês passado. O indiciamento foi realizado com base na Lei de Crimes Ambientais, devido aos maus-tratos e experiências dolorosas infligidas aos animais.
As unidades do Sul e a matriz da rede, em São Paulo, também foram alvo de indiciamento, por meio de seus CNPJs, conforme informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo. Em uma das lojas, situada no subsolo do shopping Praia de Belas, no centro de Porto Alegre, foram encontradas 38 carcaças de animais.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conduziu três inspeções no local, sendo a terceira realizada em 23 de maio, quando a água já havia baixado o suficiente para permitir o acesso ao subsolo da loja, onde os animais estavam. Diversos animais, como pássaros, roedores e peixes, foram descobertos em estado avançado de decomposição, muitos deles ainda presos em gaiolas.
As mortes dos animais foram atribuídas ao afogamento em águas contaminadas provenientes dos transbordamentos dos esgotos da cidade. Além disso, equipamentos eletrônicos foram retirados da loja e levados para o mezanino, de acordo com o Ibama.
Na outra unidade da Cobasi, localizada no bairro São Geraldo, ao menos uma ave e alguns peixes foram encontrados sem vida, conforme relato do jornal paulista. Os gerentes das lojas no Rio Grande do Sul afirmaram em depoimento que forneceram comida e água aos animais, porém a polícia questionou a eficácia dessas medidas.
A defesa da rede argumentou que o evento natural que causou a submersão das lojas foi imprevisível e que não houve intenção de causar sofrimento aos animais. A Cobasi declarou que seus colaboradores agiram para proteger os animais, elevando-os a uma altura segura, mas a água atingiu níveis alarmantes, chegando até o teto da loja.
Por fim, a empresa comunicou que a gerência do shopping solicitou que os lojistas não entrassem no local afetado. A situação levanta questões sobre a responsabilidade dos estabelecimentos em garantir a segurança e o bem-estar dos animais sob sua guarda.
Fonte: @ Terra
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