Diretor de política monetária do BC destaca parceria público-privada na inovação financeira.
Em uma possível ascensão como futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de política monetária do BC, ressaltou a importância de promover a inovação para impulsionar a concorrência e facilitar a entrada de novos players no mercado. Ele enfatizou que a inovação é um elemento essencial para o desenvolvimento do setor financeiro e econômico como um todo.
Galípolo destacou que as inovações são fundamentais para a evolução do sistema financeiro, e que o Banco Central deve estar atento às demandas do mercado e às oportunidades de inovação que possam surgir. Ele reforçou a necessidade de manter uma postura proativa e aberta a novas ideias e tecnologias, a fim de garantir a modernização contínua do setor financeiro brasileiro.
Inovação impulsiona o Banco Central em busca de recursos e condições
‘O que precisamos é de recursos e condições para o Banco Central entregar as inovações’, declarou durante o Finance of Tomorrow, evento paralelo ao G20, grupo de 19 países mais União Europeia e Africana, que reúne no Rio de Janeiro reguladores, representantes de fintechs, bancos centrais e líderes financeiros. Quando questionado sobre os recursos existentes para o trabalho do Banco Central, Galípolo mencionou que a autoridade monetária perdeu de 20% a 30% de seus servidores nos últimos anos devido a aposentadorias, mas continua produzindo cada vez mais para a sociedade brasileira, especialmente em relação à infraestrutura digital.
Capacidade de recursos para impulsionar a inovação no Banco Central
‘O Banco Central perdeu de 20% a 30% de seu pessoal e, no entanto, está entregando mais, expandindo a infraestrutura pública e digital. Isso reflete o ganho de produtividade dos servidores para a sociedade brasileira. A questão crucial é ter a capacidade de recursos para [o Banco Central] entregar as inovações’, observou Galípolo. Ele destacou que a postura pró-inovação adotada há mais de uma década possibilitou mais competitividade no setor de meios de pagamentos, incluindo a introdução do pix. ‘Hoje, não ter o pix seria como não ter luz ou água nas casas brasileiras. Criou-se um alto nível de excelência na agenda de inovação [do Banco Central]’.
Parceria entre público e privado impulsiona a inovação financeira
Galípolo enfatizou que a parceria entre o poder público e o setor privado tem sido bem-sucedida na formulação de avanços para o ecossistema financeiro. ‘Essa parceria é fundamental para o desenvolvimento do estado moderno e é crucial que o BC promova agendas que incentivem o empreendedorismo, a concorrência e a entrada de novos participantes. No Brasil, obtivemos muito sucesso nesse aspecto’, afirmou. Ele também ressaltou a importância de o setor privado se envolver diretamente com os clientes e apresentar propostas para atendê-los.
BC atua para promover a segurança e inovação no mercado de investimentos
Quanto à atuação do BC para permitir que mais brasileiros se tornem investidores e garantir a segurança dos usuários, Galípolo destacou que o mercado de investimentos passou por uma revolução recente com as plataformas de investimentos e pode passar por outra com o Drex, projeto que tokeniza o real. ‘As pessoas têm mais acesso e informação sobre esse tipo de investimento. Agora, vemos uma oportunidade para o Drex nos ajudar a avançar com o crédito colateralizado. Este projeto tem potencial para reduzir os spreads das operações de crédito de forma eficaz’.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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