Time profissional com jogadores de diversas etnias, incluindo categorias masculinas e femininas, liderados por um treinador e um cacique indígena.
Estreia do time indígena na Copa 2 de Julho Foto: mapeiti_kokaproti/Gavião Kyikatejê Fundado em 2009, o Gavião Kyikatejê é o pioneiro time profissional de futebol indígena do Brasil. O clube foi estabelecido por Pepkrakte Jakukreikapiti, também conhecido como Zeca Gavião, que atua como treinador e é cacique do povo Kyikatejê-Gavião.
O time de futebol indígena Gavião Kyikatejê está fazendo história ao participar da Copa 2 de Julho. A presença desse time representa a diversidade e a inclusão no cenário esportivo brasileiro, mostrando o talento e a paixão pelo futebol que ultrapassam fronteiras. A comunidade indígena celebra a conquista e apoia o time em sua jornada rumo ao sucesso esportivo.
Futebol: A paixão que une a comunidade indígena
Os treinamentos são realizados na cidade de Bom Jesus do Tocantins, localizada no estado do Pará. De acordo com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o time profissional masculino está competindo na terceira divisão do Campeonato Paraense, e também possui equipes nas categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20. Além disso, há um time feminino em atividade.
Uma notável arqueira indígena brasileira está em busca de uma vaga nas Olimpíadas, sendo considerado um marco histórico para toda a comunidade. Diversos estereótipos sobre a mulher indígena precisam ser desconstruídos, e figuras como Sonia Guajajara estão liderando iniciativas importantes, como a presidência de um fundo indígena latino-americano.
Zeca Gavião, um cacique e treinador, ressaltou a importância da força de vontade, persistência e coragem para o início do time. Em uma entrevista à Agência Pará em 2014, ele compartilhou sua visão sobre o desenvolvimento do clube. Mais recentemente, a equipe participou da Copa 2 de Julho Sub-15 em 2024, demonstrando o crescimento contínuo do projeto.
Zeca Gavião fez história ao se tornar o primeiro treinador indígena a concluir um curso superior de futebol no Brasil. Com 56 anos, ele se formou em uma universidade de Joinville, Santa Catarina, em 2022. Seu objetivo agora é capacitar mais indígenas para atuarem como árbitros, fisioterapeutas, preparadores físicos e treinadores, visando fortalecer a presença indígena no esporte.
O técnico sonha em levar sua equipe a competições de alcance nacional, como a Copa Verde e a Copa do Brasil, com um elenco totalmente composto por indígenas e quilombolas. No campo, o uniforme do time reflete as tradicionais pinturas corporais indígenas, e o escudo possui um design que remete à ponta de uma flecha, simbolizando a determinação e força da comunidade.
Futebol: Uma ponte para a valorização da cultura indígena
Fonte: @ Nos
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