Inundações mataram mais de 200 pessoas e expulsaram 165mil, causadas por rios ferozes durante semanas de chuvas intensas. El Niño, Dipolo positivo e Quedas de El Niño do Índico alteraram padrões climáticos naturais, trazendo impactos de ciclones, como Hidaya. Escolas foram fechadas.
Quando Julia Wanjiku colocou o filho Isaac para dormir no último domingo, após um dia celebrando o aniversário de três anos, não imaginava que inundações fariam parte de sua rotina em breve. Nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, Wanjiku despertou com os gritos dos vizinhos, alertando sobre a rápida elevação do nível da água.
Ela correu para verificar o que estava acontecendo e se deparou com ruas alagadas devido às enchentes repentinas. Com o coração acelerado, Julia percebeu que teria que agir rapidamente para proteger sua família da inundação iminente. Desse modo, juntamente com os moradores da região, organizaram-se para minimizar os danos causados pelas cheias inesperadas.
Inundações Devastadoras Causam Destruição no Quênia
Um rio impiedoso de água lamacenta deu lugar a uma situação de pânico na cidade de Mai Mahiu, despejando caos em seu caminho. Nesse cenário caótico, o marido de Wanjiku lutava para segurar o filho, Isaac. Porém, a força das águas foi implacável, levando-o embora. O desespero e a incerteza tomaram conta de Wanjiku, que ainda aguarda notícias sobre o paradeiro do filho após as enchentes.
A paisagem de Mai Mahiu foi transformada, e a comunidade vive momentos de devastação. Sobreviventes se reuniram na Ngeya Girls High School, buscando conforto mútuo em meio ao caos. As lágrimas de Wanjiku expressavam alívio por estar viva, mesmo diante da imensa dor pela perda do filho. O pai de Isaac, consumido pela tristeza, não conseguia articular suas palavras, tamanho o impacto das inundações.
As consequências das cheias em Mai Mahiu foram avassaladoras, resultando na perda de dezenas de vidas, incluindo a de crianças inocentes. O luto se estendeu por outras regiões do Quênia, como Nairobi e Maasai Mara, refletindo a triste realidade desencadeada pelas inundações repentinas. O país enfrenta um cenário desafiador, marcado por semanas de chuvas intensas que desencadearam as inundações e deixaram um rastro de destruição e desolação.
A nação queniana está habituada a fortes tempestades nesta época do ano, no entanto, o atual quadro excede todas as expectativas. As inundações foram potencializadas pela conjunção de dois fenômenos climáticos naturais, El Niño e Dipolo positivo do Oceano Índico, amplificando os efeitos das inundações. O constante aquecimento global é apontado como fator agravante, evidenciando a vulnerabilidade diante dos desastres naturais.
Os desafios persistem, com perspectivas sombrias enquanto as inundações continuam atormentando as regiões já saturadas e os rios transbordam perigosamente. O presidente William Ruto alerta para um cenário alarmante, prevendo um agravamento da situação. Além disso, o país se prepara para enfrentar os impactos do ciclone Hidaya, que ameaça adicionar mais caos a uma situação já crítica.
A vida de milhares de pessoas foi virada de cabeça para baixo, com comunidades inteiras sofrendo com a devastação causada pelas inundações. Autoridades locais alertam sobre o risco iminente de barragens e reservatórios transbordarem, aumentando a tensão e a necessidade de evacuação. Mais de 100 mil pessoas já foram impactadas, com a população correndo contra o tempo para buscar abrigo e segurança.
Diante do quadro de calamidade, as escolas permanecem fechadas, refletindo a prioridade na proteção da vida e no acolhimento aos desabrigados. Os centros educacionais se transformaram em refúgios temporários para as famílias deslocadas, evidenciando a solidariedade em tempos de crise. A população, em especial os residentes de áreas informais, enfrenta desafios significativos, demandando ações urgentes e efetivas para mitigar os impactos das inundações.
Fonte: @ CNN Brasil
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