Campanha de conscientização contra a violência às mulheres com manifestação de eventos e materiais gráficos para divulgação.
A secretária das Mulheres, Joana Silva, revelou, hoje (2), que o governo estadual promoverá, neste mês, a Mobilização Nacional contra o Feminicídio. O Setembro Rosa é dedicado a ações de prevenção do feminicídio e apoio às vítimas.
O assassinato de mulheres é um crime que deve ser combatido com firmeza. A luta contra a violência de gênero é fundamental para garantir a segurança e os direitos das mulheres. É preciso unir esforços para erradicar o feminicídio e construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Atividades de conscientização contra o feminicídio
A iniciativa busca engajar diversos setores da sociedade na luta contra a violência de gênero, por meio de ações como a assinatura de um manifesto, a realização de eventos e palestras sobre o tema, a divulgação de materiais gráficos e audiovisuais da campanha, que será lançada em breve.
‘Ao chegarmos em 31 de dezembro de 2026, esperamos que a maioria da população reconheça o feminicídio como um crime e se revolte com essa realidade’, afirmou a ministra durante um café da manhã com jornalistas mulheres.
Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Brasil está entre os cinco países que mais assassinam mulheres no mundo. Os dados revelam que a cada seis horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país, e três em cada dez brasileiras já sofreram violência doméstica.
Além disso, a cada seis minutos, uma mulher é vítima de violência sexual no Brasil, e a cada 24 horas, são denunciados 75 casos de importunação sexual. Para combater esses números alarmantes, a Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero fortalecerá os canais de atendimento telefônico, como o Ligue 180 e o Disque Direitos Humanos (Disque 100).
O movimento pretende envolver entidades empresariais, como o Sebrae e a Fiesp, além de empresas públicas e personalidades públicas, movimentos sociais e instituições esportivas, culturais e religiosas na causa.
Manifestação de eventos e campanhas contra a violência de gênero
A ministra Cida Gonçalves destacou a importância de uma parceria com líderes evangélicas no combate ao feminicídio. As diretrizes serão estabelecidas em setembro, visando uma abordagem inclusiva e não partidária.
‘O objetivo não é politizar o feminicídio zero, mas sim construir uma perspectiva que envolva a todos gradualmente. Até o final do ano, pretendemos dialogar com igrejas e líderes religiosos para sensibilizá-los sobre o tema’, explicou a ministra.
Outra estratégia é envolver os clubes de futebol brasileiros na causa. Pesquisas apontam que em dias de jogos, os índices de violência contra mulheres aumentam significativamente. A ministra ressaltou a importância de conscientizar os torcedores e os próprios clubes sobre a gravidade desse problema e a necessidade de combate.
Essas ações visam promover uma mudança cultural e social que coloque um fim à violência contra as mulheres e torne o feminicídio uma realidade do passado.
Fonte: @ Agencia Brasil
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