Três suspeitos vão a júri popular; cinco investigados pelo crime, em agosto de 2023.
A Polícia Civil da Bahia deteve na última terça-feira, em Salvador, um homem suspeito de colaborar no plano de execução da líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, também conhecida como Mãe Bernadete.
O suspeito foi encaminhado para custódia preventiva e aguarda julgamento. A prisão dele foi resultado de uma investigação minuciosa que durou meses, com o intuito de garantir a segurança e a justiça para Mãe Bernadete e sua comunidade.
Prisão no Bairro de Stella Maris
A detenção ocorreu por agentes do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) na região de Stella Maris. Durante a custódia, uma pistola municiada e porções de entorpecentes foram apreendidas em posse do indivíduo. Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito fazia parte da carta ‘Dama de Ouros’ do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública, que lista os foragidos mais perigosos do estado, contendo detalhes como nome, apelido, área de atuação e imagem.
Grupo Criminoso e Tráfico de Drogas
O indivíduo em questão estava sob investigação do Denarc por participar de um grupo criminoso envolvido no tráfico de drogas na região metropolitana de Salvador. O mandado de prisão preventiva foi executado, seguido por exames médicos, e agora ele aguarda a decisão judicial.
Julgamento dos Acusados de Assassinato
Na mesma noite, o Ministério Público da Bahia anunciou que três homens acusados pelo assassinato da líder comunitária e ialorixá do quilombo Pitanga dos Palmares serão levados a julgamento popular. A ordem judicial, emitida pela 1ª Vara Criminal de Simões Filho em 22 de julho, determina que Arielson da Conceição Santos, Marílio dos Santos e Sérgio Ferreira de Jesus enfrentem o Tribunal do Júri por homicídio qualificado e roubo. A prisão preventiva dos três foi mantida, enquanto outros dois suspeitos permanecem foragidos.
Andamento do Processo Judicial
De acordo com a sentença, a análise das evidências aponta para a participação dos acusados nos crimes cometidos. Testemunhas relataram que a vítima era uma figura importante na comunidade, conhecida por sua luta contra a exploração ilegal de madeira e o tráfico de drogas. As investigações revelaram que os réus faziam parte de uma organização criminosa liderada por Marílio, que também era membro de outra facção na região. A execução da vítima foi atribuída à sua oposição ao tráfico de drogas na região.
Fonte: @ CNN Brasil
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