Para pesquisa, notícias falsas podem causar prejuízo à população gaúcha, trazendo desordem, momentaneidade, processos, informação enganosa, mobilização, auxílio, afetados, redação social, levantamento, boato, generalização e radicalização política.
A quebra da rotina, a confusão temporária e as incertezas resultantes de crises criam um cenário propício para a propagação das conhecidas fake news (notícias falsas). E as plataformas digitais são um terreno propício para a desinformação, conforme apontado pelo estudioso da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Fabio Malini.
Em meio à incerteza e à ambiguidade, é essencial promover a educação digital e a verificação de fatos para combater a disseminação de informações enganosas. A transparência e a responsabilidade na divulgação de conteúdo são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pela era da informação instantânea.
Desordem Informacional e Incertezas no Desastre Climático do Rio Grande do Sul
Malini lidera o Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da UFES, cuja equipe tem investigado o conteúdo de mensagens divulgadas nessas plataformas sobre a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Há um notável processo de desordem informacional decorrente desse evento, que gera desequilíbrio em nossa sociedade. As pessoas que antes habitavam uma rua agora se encontram em abrigos, enfrentando incertezas sobre seu futuro. Essa transição para a nova realidade é um padrão comum em situações de desastre, terrorismo e eventos climáticos extremos, nos quais a incerteza se intensifica.
Em uma análise recente de postagens na rede social X (antigo Twitter), o Labic identificou uma grande mobilização em prol da assistência às vítimas das chuvas no estado, visando angariar doações para aqueles afetados pela tragédia. Esse movimento solidário é louvável, porém, paralelamente, observa-se a propagação de fake news, que geram confusão e prejudicam as iniciativas de ajuda à população gaúcha.
Malini destaca a importância da mobilização em contraposição à desinformação, ressaltando que a rede social está engajada em incentivar doações e ações políticas. No entanto, a disseminação de notícias falsas pode impactar negativamente a mobilização, levando à hesitação das pessoas em contribuir, devido à incerteza sobre a veracidade das informações e a efetividade das doações.
Um exemplo citado pelo pesquisador é a falsa notícia sobre a retenção de caminhões com doações pelas autoridades, o que gerou desconfiança e descrença na população. A desinformação pode se manifestar de diversas formas, desde boatos diretos até generalizações prejudiciais, como a disseminação de informações falsas sobre abrigos ou roubos, que podem resultar em danos e até mesmo mortes.
O estudo do Labic também revela que as fake news podem ser utilizadas como instrumento de radicalização política, com influenciadores e políticos opositores difundindo desinformação para desacreditar as autoridades governamentais. Em momentos de crise emocional, é comum culpar as autoridades, o que pode levar à desautorização da ação estatal e a um aumento das incertezas no cenário político e social.
Fonte: @ Agencia Brasil
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