No Brasil, a realidade da doença de Lúpus é desafiante: baixa conscientização, falta de mão-de-obra especializada e limitado acesso a tratamentos. Pacientes sofrem com vida abreviada, baixo controle da atividade, longo prazo e altas doses de certas medicamentos, como cortisona e imunossupressores/imunorreguladores. Campanhas como “Lúpus: A Marca da Coragem” e acesso a DataSUS são passos importantes. Falta de acesso à prescrições médicas e perda de massa óssea são desafios graves no panorama da doença no Brasil. (147 caracteres)
A principal causa de óbito relacionada ao lúpus, condição autoimune que provoca dores e pode impactar órgãos essenciais, foi infecção, seguida por complicações cardíacas e renais, conforme uma recente pesquisa que investigou a situação da enfermidade na sociedade brasileira no período de 2000 a 2019.
O estudo revelou que a infeção foi responsável por um número significativo de mortes entre os pacientes com lúpus, destacando a importância da prevenção e do tratamento adequado para reduzir os riscos associados à doença autoimune. Além disso, a pesquisa ressaltou a necessidade de maior atenção aos sintomas de infecção em indivíduos com lúpus, visando melhorar a qualidade de vida e a sobrevida desses pacientes.
Infecção: Um Panorama da Doença no Brasil
A pesquisa inédita busca preencher a carência de dados sobre a realidade da infecção no Brasil devido à falta de mão de obra especializada. Estima-se que para cada reumatologista, especialista que trata a infecção, existam 77 mil brasileiros convivendo com essa condição. O levantamento utilizou informações do DataSUS, departamento vinculado ao Ministério da Saúde, e faz parte da campanha ‘Lúpus: A Marca da Coragem’, da farmacêutica AstraZeneca. A escassez de profissionais impacta milhares de pacientes, resultando em diagnósticos tardios.
Infeção: A Realidade da Doença no Brasil e a Falta de Mão de Obra Especializada
Essa situação se torna alarmante, pois, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada pelo IBGE, há entre 150.000 e 300.000 pacientes adultos com lúpus, sendo a maioria mulheres. Uma parte significativa dos pacientes analisados no estudo faleceu entre 19 e 50 anos de idade, em contraste com a população em geral, onde as mortes são mais comuns em indivíduos com mais de 50 anos.
Infecção: A Campanha ‘Lúpus: A Marca da Coragem’ e os Dados do DataSUS
O problema da automedicação surge, especialmente com a cortisona. As causas de óbito podem estar ligadas ao controle insuficiente da atividade da doença, bem como ao uso prolongado e em doses elevadas de certas classes de medicamentos que podem aumentar esse risco. A cortisona, um anti-inflamatório amplamente utilizado pelos pacientes, está associada a vários efeitos adversos, como estrias, ganho de peso, diabetes, hipertensão e até infarto ósseo.
Infeção: A Importância do Controle da Atividade da Doença a Longo Prazo
Nafice Costa, membro da Sociedade Paulista de Reumatologia, destaca que 80% do dano cumulativo do lúpus é devido à cortisona. Ela ressalta a necessidade de um acesso mais controlado à cortisona, por meio de prescrições médicas, já que sua venda atualmente é permitida sem receita. Os efeitos adversos da cortisona são graves, como a perda de massa óssea em apenas três meses de uso contínuo.
Infecção: Os Desafios do Tratamento com Imunossupressores e Imunorreguladores
Especialistas recomendam o uso de poupadores de cortisona, como os imunossupressores e imunorreguladores, devido aos seus benefícios em comparação com a cortisona. A necessidade de um controle mais rígido sobre a prescrição desses medicamentos é enfatizada para evitar complicações a longo prazo.
Infeção: A Complexidade da Doença e os Desafios no Diagnóstico
O lúpus é uma doença complexa, com uma variedade de sintomas e manifestações que variam de paciente para paciente. Apesar da predisposição genética dos afetados, o diagnóstico por mapeamento genético ainda não é viável. Outros obstáculos incluem a falta de conhecimento, tanto entre os profissionais de saúde quanto na população, e a dificuldade de acesso a especialistas e tratamentos adequados.
Fonte: @ Veja Abril
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