Russia, China e Irã, líderes nas investidas, envolvem agentes estrangeiros estatais em operações de influência, criando divisas contra a entrada de influência estrangeira, inclusive deepfakes e imitações de organizações norte-americanas em redes sociais. (146 caracteres)
Uma quantidade crescente de agentes estrangeiros, incluindo agentes não estatais, busca influenciar as eleições nos EUA. Países como Rússia, China e Irã, embora se destaquem, não estão sozinhos nesses esforços, conforme alertaram autoridades americanas a um comitê do Senado nesta quarta-feira (15). ‘A Rússia, em particular, é considerada a ameaça estrangeira mais ativa contra nossas eleições’, afirmou Avril Haines, diretora de Inteligência Nacional. ‘Os objetivos das operações de influência do governo russo incluem minar a confiança nas instituições democráticas americanas, aprofundar as divisões sociopolíticas nos EUA e enfraquecer o apoio do Ocidente à Ucrânia.’
O senador democrata Mark Warner, que preside o Comitê de Inteligência do Senado, mencionou que avaliações de inteligência identificaram não apenas Rússia, China e Irã, mas também Cuba, Venezuela, grupos islâmicos militantes e diversos hackers tentando influenciar a política nos EUA. ‘As defesas contra a entrada de influência estrangeira maliciosa, incluindo interferência nas eleições, estão se tornando cada vez mais frágeis’, ressaltou Warner. É crucial estar atento e fortalecer as salvaguardas contra a manipulação externa em assuntos internos.
Agentes estrangeiros tentam influenciar eleições nos EUA
Recentemente, tem havido um aumento significativo no número de norte-americanos que expressam desconfiança em relação às instituições dos EUA, desde agências federais até a polícia local, e até mesmo as principais instituições de imprensa. Esse cenário é agravado pela crescente dependência de plataformas de mídia online, que se mostram vulneráveis a manipulações.
Comitês do Congresso iniciaram investigações sobre possíveis esforços de interferência estrangeira, especialmente por parte da Rússia, visando influenciar a opinião pública nos Estados Unidos. Essas investigações foram desencadeadas após agências de inteligência dos EUA concluírem que entidades apoiadas pelo Kremlin tentaram favorecer o republicano Donald Trump durante a eleição presidencial de 2016.
Entre as táticas utilizadas pelos agentes estrangeiros estão operações de assédio contra candidatos e imitações de organizações norte-americanas, como contas de redes sociais impostoras da Rússia, que fingiam representar o Partido Republicano do Tennessee e o movimento Black Lives Matter.
Essas ações incluem deepfakes detectados pelos EUA, provenientes da China e do Irã, com o objetivo de influenciar as eleições. Além disso, há relatos de tentativas de manipulação da opinião pública por meio de informações falsas e de Irã e China, visando afetar o processo eleitoral.
Enquanto isso, a Rússia intensifica sua campanha de desinformação contra o presidente ucraniano Zelensky, conforme apontam autoridades dos EUA. Esses eventos ressaltam a importância de proteger as democracias contra a interferência estrangeira e de estabelecer barreiras eficazes contra a entrada de influência externa nas questões sociopolíticas internas.
A batalha contra a influência estrangeira nas eleições americanas é um desafio contínuo, que requer vigilância constante e ações coordenadas para proteger a integridade do processo democrático. É fundamental identificar e neutralizar as tentativas de manipulação por agentes estrangeiros, garantindo assim a soberania e a autenticidade do sistema eleitoral dos Estados Unidos.
Fonte: @ CNN Brasil
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