IA detecta tumores em cérebro, mama e pulmão, reduzindo tempo de análise e oferecendo detecção precoce de possíveis mutações.
Tudo sobre Inteligência Artificial ver mais *Por Dr. Luiz Henrique Araújo, oncologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) e do Hospital São Lucas Copacabana, que fazem parte da DasaA Inteligência Artificial (IA) é uma nova realidade na rotina de oncologistas e centros especializados em todo o país e transforma a maneira como os profissionais conduzem o cuidado com a saúde.
A IA está revolucionando a forma como a medicina é praticada, trazendo inovações e agilidade no diagnóstico e tratamento de diversas doenças. Os avanços da Inteligência Artificial estão cada vez mais presentes nos hospitais, contribuindo para uma medicina mais precisa e eficaz, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Inteligência Artificial na detecção precoce de tumores
Diversas vertentes dessa tecnologia são requisitadas ao longo da trajetória do paciente, mas seus benefícios têm sido percebidos, sobretudo, na detecção precoce de tumores e na análise de possíveis mutações genéticas, em especial naquelas relacionadas com o câncer de mama, de pulmão ou cerebral. A redução no tempo necessário para detectar um possível tumor é um dos principais benefícios da IA para o diagnóstico precoce do câncer. Na análise de resultados de tomografia e raios-x do tórax, por exemplo, a tecnologia reduz os ruídos das imagens e avalia nódulos suspeitos com eficiência — em até 40% menos de tempo —, o que diminui a espera dentro do aparelho e o número de resultados considerados falso-positivos.
IA na análise de resultados tomografia e raios-x
Nesse cenário, a IA também otimiza o diagnóstico e impacta positivamente o desfecho clínico, favorecendo o tratamento adequado. Outra forma frequente de uso da inteligência artificial que reduz o tempo de avaliação de um possível quadro de câncer é por meio de ferramentas de processamento de linguagem natural (NLP, na sigla em inglês). Ela identifica pacientes com achados importantes em exames de imagem depois da leitura automática de laudos médicos, que pode considerar muitos exames em um curto espaço de tempo.
IA na detecção precoce de tumores e mutações genéticas
Essa varredura tem como base a busca por palavras que sugiram a presença da doença ou o alto risco em um paciente específico. Em alguns centros especializados e integrados, caso a possibilidade de câncer seja percebida em algum exame, a equipe de diagnóstico é responsável pelo contato com o médico prescritor e, caso seja necessário, auxilia na navegação do paciente para iniciar o tratamento. Em média, uma informação identificada por intermédio da tecnologia de NPL é capaz de mobilizar o médico prescritor e agilizar os próximos passos do cuidado de um paciente oncológico depois de sete dias. Quando ele não é alertado, o tempo varia em torno de 17 dias.
IA na análise de mutações genéticas e fatores de risco
Um grande ganho da atuação da inteligência artificial vem ocorrendo em relação às mutações genéticas, concentrada, principalmente, na análise de fatores de risco e no perfil de expressão genética de diversos tipos de tumor, em que a IA se encarrega de avaliar trechos do DNA do paciente no qual um tipo específico de câncer se apoia para se desenvolver ou se espalhar de forma mais efetiva. Atualmente, também existem pesquisas focadas na análise de proteínas e fragmentos de DNA vindos de amostras de sangue, com o objetivo de rastrear alguns tipos de tumor já em desenvolvimento, como o de ovário.
Fonte: @Olhar Digital
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