Críticos da performance de cena vibrante com drag queens e modelo trans consideraram desrespeitosa a recriação bíblica do famoso quadro de Leonardo.
Uma paródia do icônico quadro de Leonardo Da Vinci ‘A Última Ceia’ com palhaços na abertura dos Jogos Olímpicos de São Paulo causou polêmica entre grupos conservadores e religiosos. Apesar disso, a maioria do público presente se divertiu com a irreverência da cena.
Alguns críticos consideraram a representação uma caricatura da arte clássica, enquanto outros enxergaram a sátira como uma forma de questionar padrões estabelecidos. A imitação dos personagens históricos por artistas contemporâneos gerou debates sobre liberdade artística e expressão cultural.
Paródia Drag Queen da Última Ceia Causa Controvérsia em Paris
Uma cerimônia sem precedentes às margens do rio Sena capturou a atenção de milhões de espectadores em todo o mundo, destacando a vibrante vida noturna da capital francesa e sua reputação como um local de tolerância e subversão. A famosa cena bíblica de Jesus Cristo e seus doze apóstolos compartilhando uma última refeição antes da crucificação foi imitada de forma satírica, com a presença de drag queens, uma modelo transgênero e um cantor nu representando Dionísio, o deus grego do vinho.
Críticos da performance, incluindo a Igreja Católica na França, expressaram descontentamento com o tom de caricatura e sátira utilizado. A Conferência dos Bispos Franceses lamentou profundamente as cenas de escárnio e zombaria do Cristianismo, enquanto políticos de extrema-direita de diversos países manifestaram sua indignação nas redes sociais.
Marion Marechal, figura política de direita, criticou a paródia drag queen da Última Ceia como uma afronta aos cristãos ao redor do mundo, ressaltando que a representação não refletia a posição da maioria. O italiano Matteo Salvini também se pronunciou, considerando a abertura dos Jogos Olímpicos como um insulto aos cristãos.
Elon Musk, bilionário e figura de destaque no cenário político, classificou a performance como extremamente desrespeitosa para com os cristãos. A controvérsia gerada pela paródia da Última Ceia evidenciou as tensões entre liberdade artística e sensibilidades religiosas.
A França, reconhecida por sua herança católica e tradição de secularismo, enfrenta debates constantes sobre a blasfêmia e a liberdade de expressão. O diretor artístico da cerimônia defendeu a representação, destacando a importância da diversidade de opiniões em uma sociedade democrática.
A polêmica em torno da paródia da Última Ceia reflete as complexidades das guerras culturais contemporâneas, alimentadas pela constante cobertura midiática e pela influência das redes sociais. A figura de Leonardo, amplamente reconhecida no mundo ocidental, foi mais uma vez alvo de imitação e reinterpretação, evidenciando a natureza dinâmica da arte e da cultura.
Philippe Katerine, um dos protagonistas da cena, defendeu a abordagem controversa, enfatizando a importância da diversidade de visões e da liberdade de expressão. Em meio às críticas e elogios, a paródia da Última Ceia permanece como um exemplo marcante da interseção entre arte, religião e sociedade.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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