Promotor informou que Pavel Durov foi preso na França durante a tramitação do processo.
O criador do Telegram, Pavel Durov, terá seu julgamento em liberdade, conforme divulgado hoje pela agência France Presse com base em dados da promotora envolvida no caso. O empreendedor está impedido de sair da França até que o processo seja finalizado. Durov, conhecido por sua atuação no mundo da tecnologia, enfrenta acusações que serão analisadas durante o julgamento.
Enquanto isso, a Justiça estabeleceu que a fiança de Durov será de 5 milhões de euros (R$ 30 milhões), de acordo com informações da Reuters. O fundador do Telegram, Pavel Durov, terá que cumprir as determinações legais enquanto aguarda o desfecho do processo judicial na França.
Durov: Fundador do Telegram, Pavel Durov, Enfrenta Novas Acusações
O bilionário Pavel Durov terá que comparecer duas vezes por semana durante a tramitação do processo, informou o promotor nesta quarta-feira, de acordo com a Associated Press. Durov foi preso no último sábado (24) sob a alegação de que o Telegram se recusa a colaborar com investigações, o que contribui para a prática de crimes como abuso sexual infantil e fraude dentro da plataforma.
Durov, fundador do Telegram, negou irregularidades em um comunicado divulgado no aplicativo. A promotora Laure Beccuau afirmou que Durov está sendo interrogado, entre outras razões, pela recusa de comunicar as informações necessárias para diligências autorizadas por lei. A prisão de Durov não foi concluída e ocorreu durante a tramitação do processo.
Segundo Beccuau, a prisão de Durov faz parte de uma investigação aberta em 8 de julho deste ano, que deu continuidade a uma apuração feita previamente por agentes da jurisdição que combate o crime organizado na França, chamada de Junalco. A investigação, que ainda está em curso e é conduzida pelo Centro de Combate ao Crime Digital (C3N) e o Escritório Nacional Antifraude (Onaf), lista 12 crimes, incluindo cumplicidade por administrar uma plataforma on-line que permita transações ilegais feitas por quadrilhas.
Macron, presidente francês, negou perseguição política, afirmando que a prisão de Durov faz parte de um inquérito judicial sem motivação política. Nas redes sociais, Macron denunciou informações falsas espalhadas sobre a prisão de Durov e reforçou a importância de exercer liberdades dentro da lei para proteger os cidadãos.
O Telegram reiterou que cumpre as leis da União Europeia e que Durov não tem nada a esconder. A empresa afirmou que é absurdo responsabilizar a plataforma ou seu proprietário pelos abusos cometidos nela e está aguardando uma resolução rápida da situação.
Com 950 milhões de usuários ativos, o Telegram enfrenta polêmicas no Brasil e no mundo, enquanto Pavel Durov, fundador do aplicativo, enfrenta novas acusações e desafios legais. A situação continua em desenvolvimento e aguarda-se mais informações durante a tramitação do processo.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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