Cesta Básica: informações essenciais para um dia informado, com corte de 0,5 no ritmo das quedas e projeções dos economistas.
A quarta-feira (19) está aqui e, com ela, surge a expectativa de encerramento do ciclo de queda da Selic. Neste dia, ao final do expediente, o Comitê de Política Monetária (Copom) revela sua decisão. A divulgação, entretanto, ocorre após o presidente Lula tecer novas críticas a Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, e questionar os juros ainda elevados.
Ao mesmo tempo, a população aguarda ansiosa por qualquer sinal de mudança na taxa de juros que possa impactar suas finanças. A discussão sobre a necessidade de redução dos juros se intensifica, refletindo a preocupação com o cenário econômico atual.
Pressão por queda dos juros intensifica divergências no Copom
Portanto, é crucial dar destaque ao comunicado emitido desta vez. Ontem (18), durante uma entrevista à radio CBN, o presidente Lula (PT) expressou sua preocupação com a taxa de juros atual, afirmando que ‘não há explicação para a taxa de juros do jeito que está’ e criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Segundo Lula, o dirigente da autoridade monetária ‘não demonstra capacidade de autonomia’ e parece estar mais interessado em prejudicar do que em ajudar o país. ‘A única coisa desajustada, nesse momento, no Brasil, é o comportamento do Banco Central’, declarou o presidente.
As declarações de Lula sugerem uma pressão do governo para a continuidade do corte de juros. Na última reunião do Copom, houve discordâncias entre os membros. Enquanto os representantes do governo atual votaram por um corte de 0,5 ponto percentual, mantendo o ritmo das quedas anteriores, os membros indicados pelo governo anterior optaram por um corte mais suave, de 0,25 ponto percentual, que acabou sendo a decisão final.
Atualmente, todas as expectativas do mercado estão voltadas para a manutenção dos juros em 10,5%. O Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central que reflete as projeções dos economistas para os principais indicadores econômicos, também aponta nessa direção. Na última análise, a previsão para a Selic no final deste ano aumentou de 10,25% para 10,5%, indicando um possível fim do ciclo de cortes.
É relevante lembrar que o mandato de Roberto Campos Neto e de outros diretores do Banco Central termina no final deste ano. Com suas saídas, dois membros da diretoria também serão substituídos por indicações do governo atual, o que resultará em maioria para os apontados pelo presidente Lula. Essa mudança já está gerando apreensão no mercado, com alguns analistas defendendo a ideia de que a taxa básica de juros deve parar de cair este ano e retomar as quedas no próximo.
Portanto, hoje o mercado deve estar atento não apenas à decisão do Copom, mas também ao conteúdo do comunicado emitido pelo Banco Central, que pode trazer novas perspectivas sobre a política de juros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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