Adolescente baleado em 2020 na casa do tio, operação conjunta de polícias na Região Metropolitana do Rio, fragmento de tiro, homicídio qualificado.
Os policiais Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do Rio de Janeiro foram inocentados pela morte do jovem João Pedro Mattos Pinto.
Apesar da absolvição dos agentes, a família do jovem João Pedro Mattos Pinto e os denunciados continuam em busca de justiça e transparência no caso.
Decisão da Juíza na Absolvição Sumária dos Agentes Envolvidos na Operação Conjunta de Polícias
Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, um trágico incidente ocorreu durante uma operação conjunta das Polícias Federal e Civil, onde um adolescente de 14 anos, João Pedro, foi ferido por um fragmento de um tiro de fuzil. O jovem estava dentro de uma casa na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, tentando escapar do confronto que se desenrolava.
As investigações revelaram que João Pedro foi atingido nas costas enquanto estava deitado no chão com dois amigos. Um fragmento de tiro atingiu uma pilastra próxima, deixando a residência do tio do jovem com mais de 70 marcas de tiros. A tragédia chocou a comunidade e levou à denúncia dos agentes envolvidos.
A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine absolveu sumariamente os três agentes que se tornaram réus por homicídio duplamente qualificado, após a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro em fevereiro de 2022. A decisão da juíza gerou controvérsias e desapontamento entre os familiares da vítima e a sociedade em geral.
Na sentença, a juíza justificou a absolvição dos agentes, alegando a presença da excludente de ilicitude da legítima defesa. Segundo ela, a análise das provas e depoimentos não demonstrou a materialidade delitiva, levando à necessidade de absolver os denunciados diante das acusações.
A família de João Pedro, representada por sua mãe, Rafaela Santos, expressou surpresa e indignação com a decisão da juíza. Esperavam que os agentes fossem levados a júri popular, mas a sentença de absolvição sumária os pegou de surpresa. Rafaela Santos lamentou a decisão, destacando a sensação de injustiça e impunidade que a sentença trouxe.
A batalha por justiça continua para a família de João Pedro, que agora enfrenta um longo caminho até que haja um desfecho definitivo neste caso. Enquanto isso, a comunidade clama por respostas e por um sistema de justiça que garanta a responsabilização dos envolvidos em casos tão sensíveis como este. A incerteza paira sobre o futuro, mas a esperança por um desfecho justo permanece viva.
Fonte: @ Agencia Brasil
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