Ofensiva quase duas semanas atrás por Kiev na região próxima à fronteira russa; conselheiro diplomata do presidente ucraniano em meio a comunicação social.
O Palácio do Kremlin garantiu, hoje, que não haverá negociação com a Ucrânia, após a ofensiva iniciada por Kiev há cerca de quinze dias na fronteira russa de Kursk. ‘Neste momento, diante dessa situação, não estamos abertos a negociar’, afirmou o porta-voz oficial.
No entanto, o governo russo está disposto a manter uma conversação diplomática para buscar uma solução pacífica para o conflito. ‘Apesar da falta de negociação direta, estamos abertos a uma conversação construtiva para garantir a estabilidade na região’, declarou o ministro das Relações Exteriores.
Negociação em meio à crise na fronteira russa
Neste momento delicado, seria completamente inadequado iniciar um processo de negociação, afirmou o conselheiro diplomático do presidente Vladimir Putin, Yuri Ushakov, em entrevista ao meio de comunicação social russo Shot. Mykhailo Podoliak, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia mencionado anteriormente que um dos objetivos da recente ofensiva na região de Kursk era pressionar Moscou a participar de negociações justas.
Apesar de reiterar que Kiev não tem intenção de ocupar território russo, Podoliak ressaltou a importância de encontrar uma maneira de envolver a Rússia do outro lado da mesa em eventuais negociações. Hoje, Zelensky reforçou a ideia de que a incursão ucraniana em Kursk visa estabelecer uma zona tampão no território do agressor.
‘A principal meta de nossas ações defensivas é neutralizar o potencial de guerra russo e intensificar nossos contra-ataques’, explicou Zelensky em seu mais recente pronunciamento noturno. Ele destacou a criação da zona tampão em Kursk como parte fundamental da estratégia ucraniana.
Zelensky argumentou que qualquer ação que prejudique as forças armadas, o governo, a defesa ou a economia da Rússia contribui para conter a escalada do conflito e buscar uma paz justa para a Ucrânia. No entanto, as negociações entre as partes estão paralisadas desde a primavera de 2022, com Moscou insistindo na aceitação da anexação territorial pela Ucrânia.
O presidente ucraniano expressou o desejo de elaborar um plano até novembro, visando uma futura cúpula de paz para a qual o Kremlin será convidado. A busca por uma solução negociada permanece como um desafio diante da complexidade da situação na fronteira russa.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo