Ministério de Saúde: tratamento urgente para infestações de roedores antes de confirmação, em condições precárias, exposição massiva, climáticos desastres (enchentes), gestão local. Infetados, agentes públicos, infraestrutura sanitária, diagnóstico diferencial.
Casos suspeitos de Leptospirose no Rio Grande do Sul devem iniciar o tratamento contra a doença imediatamente, sem a necessidade de confirmação laboratorial. A orientação é do Ministério da Saúde em razão do risco aumentado provocado pelas enchentes no estado. É fundamental que a população esteja atenta aos sintomas da Leptospirose e busque ajuda médica rapidamente caso haja suspeita da doença.
Além disso, medidas de prevenção, como evitar o contato com águas contaminadas e manter a higiene adequada, são essenciais para reduzir o risco de contrair Leptospirose. A conscientização da população sobre os cuidados necessários pode contribuir significativamente para a diminuição dos casos da doença e para a promoção da saúde pública.
Leptospirose: Cuidados e Recomendações
Profissionais de saúde devem estar atentos a isso’, alertou a pasta, ao recomendar ‘notificação mais sensível’ de casos suspeitos na região. Em nota, o ministério destacou que a ocorrência de leptospirose está relacionada a condições precárias de infraestrutura sanitária e à alta infestação de roedores infectados pela doença. Em cenários de desastres climáticos, como inundações, a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente podem facilitar a ocorrência de surtos da doença, reforçou o comunicado.
A recomendação da pasta é que pacientes que apresentem febre e dores, sobretudo na região lombar e na panturrilha, e que tiveram contato com água ou lama da inundação por um período de até 30 dias antes do início dos sintomas recebam tratamento com quimioprofilaxia. ‘Dessa forma, o sistema de saúde conseguirá captar mais casos na fase inicial da doença’, destacou a nota. Além disso, deverão ser difundidas informações a todas as pessoas que tiveram contato com água ou lama de enchentes, sobre os sinais e sintomas da doença e onde ela poderá procurar assistência médica.
A pasta pede que seja estabelecido diagnóstico diferencial para doenças respiratórias, diarreicas agudas, infecções do trato urinário, sepse e hepatite A. ‘É importante considerar que casos podem ser atendidos em municípios que não sofreram com as chuvas, já que muitas famílias se abrigaram em casas de familiares ou amigos em municípios vizinhos. Portanto, todos os agentes públicos devem estar sensíveis e buscar informações da origem do local de residência do paciente’, completou o ministério.
Leptospirose: Tratamento Preventivo e Orientações Especiais
A quimioprofilaxia, por definição, é o uso de substâncias ou meios químicos para impedir o desenvolvimento de uma doença ou infecção. O uso do tratamento para a leptospirose, segundo a pasta, não é recomendado como medida de prevenção em saúde pública, mesmo ‘em casos de exposição populacional em massa, por ocasião de desastres climáticos com enchentes’.
Já a possibilidade de uso da quimioprofilaxia para pessoas que atuam nas operações de resgate no Rio Grande do Sul, de acordo com a nota, pode ser considerada em razão da exposição constante e do risco de infecção. ‘Neste caso, o método poderá ser adotado conforme decisão e fluxos definidos na gestão do nível local, a depender da disponibilidade de medicamentos’.
Leptospirose: Conhecendo a Doença e seus Riscos
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira. A penetração da bactéria ocorre a partir de lesões na pele, pelas mucosas ou pela pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada. O período de incubação, ou seja, o intervalo de tempo entre a transmissão e o início dos sintomas pode variar de um a 30 dias, mas normalmente ocorre entre sete a 14 dias após a exposição a situações de risco. A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas do país e o risco de letalidade pode chegar a 40% nos casos mais graves.
Fonte: @ Agencia Brasil
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