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Enchentes afetam estado com 3.658 casos de doença notificados; investiga sete óbitos; confirma primeiro caso de hepatite A; infecção causada por contato com água contaminada.
O aumento de óbitos por leptospirose ligados às inundações que impactam o estado desde o final de abril subiu para 13 e o estado confirmou o primeiro caso de hepatite A, de acordo com o mais recente boletim da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul divulgado na noite desta terça-feira, 4. O relatório da pasta revela que foram contabilizadas 3.658 notificações da doença bacteriana e que 242 casos foram confirmados.
A contaminação por leptospira é uma preocupação crescente devido às condições de alagamento e falta de saneamento básico. A infecção por leptospira pode ser evitada com medidas preventivas adequadas, como evitar o contato com águas contaminadas. É fundamental a conscientização da população sobre os riscos da doença bacteriana transmitida por leptospira e a importância de buscar assistência médica ao menor sinal de sintomas relacionados.
Leptospirose: Uma Doença Bacteriana que Afeta Milhares
Há sete óbitos em investigação. Uma projeção do Ministério da Saúde aponta que os episódios da infecção por leptospira, causada pelo contato com água contaminada por urina de ratos, podem chegar a 1,6 mil. Duas mortes pela infecção por leptospira, causada pelo contato com água contaminada por urina de animais, principalmente ratos, ocorreram em Porto Alegre. As demais foram em Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Encantado, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Travesseiro, Três Coroas, Venâncio Aires e Viamão. Todas as vítimas eram do sexo masculino na faixa etária dos 30 aos 69 anos. Seis mortes foram de pacientes entre 50 e 59 anos. Os dados foram coletados entre 1º de maio e 4 de junho. Ainda segundo a secretaria, outras ocorrências de saúde relacionadas às enchentes foram registradas: um episódio confirmado de tétano acidental e quatro notificações, um caso de hepatite A e 17 notificações, 985 acidentes antirrábicos com cães e gatos e 88 com outros animais, 455 acidentes com animais peçonhentos e sete surtos de diarreia aguda que resultaram em 92 pessoas afetadas.
Leptospirose: A Infecção por Leptospira Preocupa Autoridades de Saúde
A primeira morte por leptospirose relacionada às enchentes no Rio Grande do Sul foi confirmada na noite do dia 20 pela Secretaria Estadual da Saúde. O paciente era um homem de 67 anos que morava no município de Travesseiro, na região do Vale do Taquari, que apresentou os primeiros sintomas no dia 9 e morreu no dia 17. A doença já circula no território do Rio Grande do Sul, e, do início do ano até 19 de abril, foram registrados 129 casos e seis óbitos. No ano passado, foram 477 registros e 25 mortes.
Leptospirose: Entenda os Riscos e Sintomas da Doença Bacteriana
Causada pela bactéria leptospira, a leptospirose é uma infecção por leptospira que é contraída por meio do contato direto com a urina de animais infectados ou com água ou lama contaminadas, como ocorre em enchentes. Os sintomas costumam aparecer entre cinco e 14 dias após a contaminação, mas podem se manifestar em um período de até 30 dias. A pessoa deve buscar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, dores no corpo e na cabeça, fraqueza e calafrios. No caso das dores, é importante ficar atento especialmente se elas atingirem a panturrilha, popularmente chamada de ‘batata da perna’. O tratamento costuma ser feito com antibióticos, mas, se houver agravamento do caso, a internação é indicada para evitar complicações. Segundo o Ministério da Saúde, em episódios mais graves, o risco de morte pode chegar a 40%.
Leptospirose: Cuidados para Prevenir a Infecção por Leptospira
Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), mesmo quando o nível da água baixar, será necessário adotar medidas de proteção em locais que tenham sido afetados pelas enchentes, principalmente ao fazer a higienização deles. Isso porque a bactéria leptospira pode viver por cerca de seis meses no ambiente. A orientação é utilizar botas e roupas impermeáveis, além de luvas. Também é recomendado evitar o contato com a água represada nos.
Fonte: @ Veja Abril
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