Presidente confirma ida ao país em 9 de julho para discutir importância de transição energética e reservas minerais críticas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que a tentativa de golpe na Bolívia na última quarta-feira pode estar ligada às reservas de lítio, gás e outros minérios no país. ‘A Bolívia é um território com muitos interesses internacionais concentrados lá, devido a ser a maior reserva de lítio do mundo e outros minerais essenciais de grande relevância, além de possuir gás’, disse Lula.
Segundo o presidente, a situação na Bolívia é delicada devido à importância estratégica de seus recursos naturais, o que pode ter motivado a tentativa de golpe. ‘É fundamental garantir a estabilidade política na Bolívia para proteger não apenas a soberania do país, mas também a segurança das reservas de lítio e gás’, ressaltou Lula.
Bolívia: Importância do Lítio e Tentativa de Golpe
É fundamental ter em mente que há um interesse em desestabilizar a Bolívia, como afirmou Lula em uma recente entrevista. O lítio, conhecido como ‘ouro branco’ ou ‘petróleo do século 21’, é um dos minerais críticos de importância central para a transição energética e a fabricação de baterias de carros elétricos. Estudos indicam que cerca de 53% das reservas de lítio na América Latina estão concentradas em países como Chile, Bolívia e Argentina.
Presidente e a Visita à Bolívia
O presidente Lula confirmou sua viagem à Bolívia no dia 9 de julho, onde se encontrará com o presidente Luis Arce em Santa Cruz de la Sierra. Além disso, terá reuniões com empresários locais para fortalecer a democracia no país. Essa visita ocorrerá logo após a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que acontecerá nos dias 7 e 8 de julho em Assunção, Paraguai. Lula destacou a importância de manter a Bolívia sob um governo democrático para sua possível entrada no Mercosul.
Tentativa de Golpe na Bolívia
Na última quarta-feira (26), um grupo de soldados do Exército liderado pelo general Juan José Zúñiga realizou uma tentativa de golpe na Bolívia. Eles se reuniram na praça central Plaza Murillo, onde estão localizados o palácio presidencial e o Congresso boliviano. Com tanques blindados, conseguiram entrar no palácio presidencial, mas foram contidos após o presidente Luis Arce nomear novos comandantes para as Forças Armadas. Zúñiga e outros militares envolvidos foram detidos, evitando assim uma crise política mais grave no país.
Fonte: @ Agencia Brasil
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