Presidente decidirá novo integrante da diretoria do BC com compromisso na meta de crescimento e controle da inflação, apesar de decisão dividida do Copom.
Na antevéspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o ex-presidente Lula (PT) declarou nesta segunda-feira (17) que ‘não há justificativa para a taxa de juros do modo como se encontra‘ e reiterou suas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por sua gestão da política monetária.
Em suas declarações, o dirigente petista Lula ressaltou a importância de uma atuação mais assertiva da autoridade monetária para estimular o crescimento econômico do país, destacando a necessidade de uma postura mais responsável por parte do presidente do Banco Central em relação à condução da política monetária nacional.
Lula e a Autoridade Monetária
Durante uma entrevista à rádio CBN, o presidente Lula fez críticas ao dirigente da autoridade monetária, questionando sua autonomia e alegando que suas ações prejudicam mais do que ajudam o país. Ele ressaltou que o comportamento do Banco Central é o único ponto desajustado no Brasil no momento.
Decisão do Copom e Controle da Inflação
As declarações de Lula ocorreram um dia antes da próxima decisão monetária do Copom. Há expectativas de que os juros sejam mantidos em 10,50% ao ano, o que o presidente considerou lamentável. Ele enfatizou que o Brasil é visto com otimismo pelos bancos ao redor do mundo, mas criticou discursos futuros sobre inflação.
Nova Diretoria do BC e Desafios Econômicos
Em uma decisão dividida, o Banco Central optou por reduzir o ritmo de cortes da Selic em sua última reunião. Agora, o mercado aguarda para ver o que acontecerá com a nova diretoria do BC, especialmente com a proximidade do fim do mandato de Roberto Campos Neto. Lula destacou a importância de escolher um presidente comprometido com o controle da inflação e o crescimento econômico.
Questão Fiscal e Saúde Financeira
Além das questões monetárias, Lula abordou a guerra histórica em torno do uso dos recursos do Orçamento. Ele reiterou que não fará ajustes que impactem os mais humildes e criticou os que defendem cortes de gastos enquanto desfrutam de isenções fiscais significativas. A saúde financeira do governo é crucial para atrair investidores e manter as contas públicas equilibradas, o que é fundamental para a estabilidade econômica do país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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