Dirigente sindical tem pronunciamento no Palácio do Planalto sobre valorização do ensino em greves nas instituições.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez hoje um apelo aos reitores de universidades e institutos federais para que encerrem as greves. Em discurso realizado no Palácio do Planalto, o político destacou a importância de buscar soluções que evitem a prolongação das paralisações e impactos negativos para a população.
Lula ressaltou que os movimentos grevistas podem deixar serviços essenciais paralisados por tempo indeterminado, prejudicando a qualidade de vida dos cidadãos. É fundamental encontrar um equilíbrio nas negociações para garantir que as demandas dos servidores sejam atendidas sem comprometer o funcionamento regular das instituições públicas.
Greve na Educação: Lula faz pronunciamento no Palácio do Planalto
Nesse contexto educacional, ao analisar o panorama completo, torna-se evidente que a prolongada greve em questão carece de justificativa plausível para sua duração atual. O prejuízo não recai sobre o ex-presidente Lula, nem sobre o reitor, mas sim sobre o Brasil e os estudantes do país. Essa consideração é fundamental. Não se trata de reivindicações de 3%, 2%, ou 4% que devem manter uma paralisação indefinida. É imprescindível avaliar os demais benefícios envolvidos, como ressaltou Lula em seu diálogo com os reitores. Desde o mês de abril, diversas categorias ligadas ao ensino federal aderiram a movimentos de greve. Em algumas instituições, tanto professores quanto técnicos-administrativos estão paralisados, enquanto em outros casos, apenas uma das categorias encontra-se em greve.
Impacto da Greve: Sindicato aponta defasagem salarial no ensino
Atualmente, mais de 53 universidades federais e 51 institutos estão enfrentando a greve. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) destaca uma defasagem salarial de 22,71% para os professores, acumulada desde o ano de 2016. Nesta segunda-feira, o presidente da República reconheceu os esforços da ministra da Gestão, Esther Dweck, nas negociações com os grevistas. Ele enfatizou que a ministra disponibilizou um montante de recursos significativo para as categorias em greve, destacando a importância de considerar essa oferta. A preocupação recai sobre o retorno dos alunos às salas de aula, conforme ressaltado pelo presidente.
Posicionamento de Lula: Valorização do ensino e diálogo sindical
Lula, com sua trajetória política iniciada como líder sindical em São Paulo, reforça que não haverá punições decorrentes da greve. Ele foi eleito para o terceiro mandato com um discurso de valorização do ensino público. Em seu pronunciamento no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, o ex-presidente ressaltou que a greve possui um período determinado para iniciar e para encerrar. Destacou a importância de não permitir que a greve se encerre devido à inanição, o que resultaria em desmoralização. O dirigente sindical deve ter coragem para propor, negociar e tomar decisões assertivas.
Ministro da Educação: Necessidade de encerrar a greve para retomada das aulas
O ministro da Educação, Camilo Santana, também defende o término da greve, criticando a paralisação como um recurso adotado quando o diálogo e debate não são mais viáveis. Ele enfatiza a importância de todos contribuírem para superar o impasse e priorizar o retorno das aulas para os alunos. Camilo destaca que, embora tenha havido um reajuste de 9% aos servidores federais em 2023, não é possível recuperar as perdas de gestões anteriores em um curto período. O esforço do governo federal é evidente, com a negociação tendo um impacto financeiro superior a R$ 10 bilhões. A reitora da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), Márcia Abrahão, ressalta a necessidade de valorizar o diálogo e buscar soluções para encerrar a greve de forma satisfatória.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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