Secretário Senappen afirma que aumento de crime é indesejado, mas indica maior monitoramento do crime organizado pelo poder público.
Uma nova pesquisa do Ministério da Justiça sobre o crime organizado revela um aumento no número de fações que operam dentro das prisões. O relatório, que será divulgado em breve, identifica um total de 72 fações, em 2024. Em comparação com o ano anterior, houve um aumento de quatro fações.
Além disso, o estudo destaca a complexidade das organizações criminosas que atuam no sistema prisional, evidenciando a presença de criminosos que desafiam constantemente as autoridades. A luta contra essas organizações ilegais representa um desafio contínuo para as forças de segurança, que buscam conter a influência dessas fações em meio a um cenário cada vez mais desafiador.
Fações Locais e a Atuação dos Criminosos
Cresceu consideravelmente a formação de fações locais, que atuam como parceiros dos dois maiores grupos com inserção nacional, Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). Essas organizações ilegais têm se expandido, demonstrando autonomia e lógicas próprias de atuação em diferentes locales.
As facções locais, apesar de suas atividades criminosas, também desempenham funções assistenciais em suas comunidades. O crime organizado tem se adaptado e evoluído ao longo do tempo, refletindo a complexidade das fações e suas estratégias de atuação.
O levantamento realizado pelo governo federal é anual, fornecendo dados precisos sobre os grupos criminosos e suas áreas de atuação em todo o país. A nova edição será apresentada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na semana que vem.
Recentemente, a Polícia Federal desarticulou uma quadrilha que fabricava 50% das cédulas de reais falsas em circulação no Brasil. Essa ação demonstra a importância de combater as atividades ilegais das facções e garantir a segurança financeira do país.
De acordo com o secretário André Garcia, a atualização dos dados sobre os grupos criminosos e seus locais de atuação é fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes no combate ao crime organizado. O mapeamento auxilia na identificação de estratégias para enfrentar o crime fora das prisões e proteger a sociedade.
Mesmo diante dos desafios, o governo tem intensificado as ações de inteligência prisional para combater as fações criminosas. Medidas como o rodízio de presos e a interceptação de fontes de financiamento dos grupos têm sido adotadas para enfraquecer as estruturas do crime organizado.
Em um cenário onde as fações criminosas buscam se fortalecer, é essencial a união de esforços entre as autoridades e a sociedade para enfrentar essa ameaça em constante evolução. O combate ao crime organizado exige uma abordagem multifacetada e contínua para garantir a segurança e a ordem em nosso país.
Fonte: @ CNN Brasil
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