ETFs ocupam pouco espaço nas carteiras de investidores brasileiros, com R$45 bilhões sob gestão. Globalmente, ultrapassam US$10 trilhões, sendo 70% dos investimentos dos EUA.
Uma das opções de investimento mais conhecidas no mundo financeiro, e especialmente nos Estados Unidos, ETFs continuam sendo uma escolha atraente para diversificação de investimentos.
Os fundos de índices têm ganhado destaque no Brasil, porém ainda há espaço para maior adesão dos investidores locais a esse tipo de ativo, que oferece uma maneira prática e eficiente de investir em diferentes segmentos do mercado financeiro.
Explorando o Universo dos ETFs
Os ETFs (Exchange Traded Funds), conhecidos como fundos de índices, são uma opção interessante para investidores que desejam diversificar suas carteiras de forma dinâmica. Negociados na bolsa de valores, esses ativos oferecem a possibilidade de compra e venda no mercado sem carências ou restrições, ocupando um espaço relevante no cenário financeiro.
Quando se trata de investir em ETFs, é fundamental compreender como esses fundos acompanham um índice de referência, mantendo uma proporção igual de ativos em relação ao benchmark. Além disso, os ETFs podem distribuir dividendos e estar relacionados a investimentos ESG, tornando-os uma escolha atraente para investidores que buscam valores dinâmicos em suas aplicações.
A popularidade dos ETFs é inegável, com mais de US$ 10 trilhões investidos globalmente, sendo a maioria desses recursos alocados por investidores nos Estados Unidos. No Brasil, aproximadamente R$ 45 bilhões estão sob gestão em ETFs, evidenciando o crescimento desse mercado no país.
Os ETFs surgiram no Canadá nos anos 90, mas ganharam destaque nos Estados Unidos ao replicar inicialmente o índice de ações S&P 500. Com o tempo, esses fundos passaram a abranger diversas classes de ativos, como renda fixa, renda variável, commodities e até mesmo criptomoedas, oferecendo opções para diferentes perfis de investidores.
No mercado brasileiro, os ETFs estão disponíveis há duas décadas, desde o lançamento do primeiro ETF, o PIBB11, pela Itaú Asset. Esse fundo busca seguir o desempenho do IBRX-50, índice que representa uma carteira das 50 ações mais negociadas na B3. Atualmente, existem cerca de 100 ETFs listados no mercado local, proporcionando aos investidores uma ampla gama de opções de investimento.
Entre as vantagens dos ETFs, destaca-se a liquidez, a ausência de carências ou restrições, os baixos custos e a transparência em relação aos ativos selecionados. Esses fundos são democráticos e acessíveis, tornando-se uma escolha popular para quem deseja investir de forma eficiente e diversificada.
Para alocar ETFs em uma carteira, os investidores podem combiná-los com outros tipos de fundos, títulos ou ações para criar uma diversificação adequada. É possível também montar um portfólio exclusivamente com ETFs, reproduzindo as classes de ativos desejadas de maneira simplificada e ágil.
Além disso, existem ETFs que replicam ativos cotados em dólar, como ações de tecnologia negociadas nos EUA, oferecendo uma oportunidade de diversificação internacional. É essencial que os investidores compreendam os ativos presentes em seus fundos para evitar sobreposições e concentrações indesejadas, considerando sempre o risco associado a cada investimento.
Por serem fundos indexados, os ETFs requerem uma análise cuidadosa da aderência do gestor ao benchmark, garantindo que o desempenho do fundo esteja alinhado com as expectativas do investidor. A tributação dos ETFs de renda variável é de 15% sobre o ganho de capital, seguindo a mesma lógica de tributação de outros investimentos no mercado financeiro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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