Funcionários anônimos de uma instituição de saúde suspeitam de importunação sexual durante uma cirurgia de mão, denunciando casos suspeitos à Cremesp e CFM. Testemunhas, afastados, sob investigação. Vitima deseja anonimidade. Polícia e Justiça protegem identidade, processos legais em andamento.
(FOLHAPRESS) – O médico residente de ortopedia Ramiro Carvalho Neto, 33, foi removido do Hospital das Clínicas de São Paulo sob suspeita de comportamento inadequado durante um procedimento cirúrgico. O instituição divulgou o incidente em comunicado oficial. Colaboradores da unidade de saúde, que preferiram não se identificar, relataram que o incidente ocorreu recentemente, durante uma cirurgia de emergência.
Após a repercussão do caso, o profissional de saúde em questão teve sua licença temporariamente suspensa. A equipe do hospital, incluindo o cirurgião responsável pela operação, está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos. A ética e o respeito no ambiente hospitalar são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.
Médico sob suspeita de importunação sexual durante cirurgia
Testemunhas relatam que, durante o procedimento médico, Ramiro teria tocado de forma inadequada as partes íntimas da paciente. Além disso, afirmam que outros médicos presentes filmaram a ação, que foi posteriormente denunciada à direção do hospital. A Folha de S.Paulo tentou contato com o médico diversas vezes, sem sucesso até o momento.
Uma denúncia anônima de importunação sexual dentro da instituição de saúde foi recebida, levando ao afastamento imediato do profissional de saúde envolvido. A Santa Casa informou que uma sindicância interna foi aberta para investigar o caso de maneira sigilosa, visando preservar a privacidade da suposta vítima.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) ainda não foi notificado sobre o caso, conforme informado em abril. O Conselho Federal de Medicina (CFM) se absteve de comentar sobre casos específicos, deixando a responsabilidade de apuração ao Cremesp, com possíveis consequências legais.
Esta não é a primeira vez que o médico é acusado de crimes sexuais. Durante seus estudos de medicina, ele foi afastado por um ano após acusações de abuso contra uma colega, durante os jogos universitários em 2013. Não há denúncias formais registradas na polícia ou na Justiça de São Paulo até o momento.
A Santa Casa e a suposta vítima concordaram em aguardar os resultados da sindicância antes de comunicar as autoridades policiais, visando proteger a identidade da possível vítima. A Unicamp também abriu uma sindicância em 2014, após denúncias similares durante um evento universitário, conforme documento obtido pela Folha.
Novas informações sobre o caso podem surgir à medida que a investigação avança, com a intenção de proteger a integridade e a privacidade das partes envolvidas. A importância de denúncias e investigações rigorosas em casos de suspeita de conduta inadequada por profissionais de saúde é fundamental para garantir a segurança e o respeito no ambiente hospitalar.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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