Equipe de pesquisadores da Geosol investiga práticas agrícolas e impactos ambientais em tragédias climáticas passadas.
Primeira coleta de dados realizada pela equipe de pesquisadores da UNICAMP e especialistas da Geotecno Foto: Arquivo TADP Megaprojeto científico de perfuração da Amazônia tem início no Amazonas: ASSISTINDO Projeto científico de perfuração da Amazônia tem início no Amazonas ASSISTINDO Uma reflexão sobre a sustentabilidade em desastres naturais ASSISTINDO Exposição revela as técnicas agrícolas dos povos originários A etapa inicial do Projeto de Perfuração Transamazônica (TADP, na sigla em inglês) foi finalizada em Rondônia após nove meses.
O projeto científico de perfuração da Amazônia é uma iniciativa crucial para a compreensão da região. A colaboração entre diversas instituições é fundamental para o sucesso do empreendimento. O megaprojeto envolve tecnologias avançadas e equipe altamente qualificada para alcançar os objetivos propostos.
Projeto Científico de Perfuração na Amazônia: Explorando a História da Região
No âmbito de um megaprojeto científico, uma equipe de pesquisadores e técnicos da Geosol está realizando operações de perfuração no município de Rodrigues Alves, no norte do Acre. A perfuração visa estudar a origem e a evolução da Amazônia e do clima da América do Sul tropical, sendo uma iniciativa de extrema importância para a compreensão da região.
A equipe conseguiu coletar 870 metros de testemunhos contínuos a uma profundidade de 923 metros, revelando um material sem precedentes para a pesquisa da história amazônica. Os testemunhos coletados são amostras cilíndricas de rochas sedimentares da era geológica do Cenozóico, abrangendo os últimos 23 milhões de anos.
O pesquisador André Sawakuchi, do Instituto de Geociências da USP, destaca a relevância desse período, pois foi quando se originou a Amazônia mega biodiversa como a conhecemos hoje. As práticas agrícolas dos povos indígenas e a luta contra o racismo ambiental em tragédias climáticas são aspectos fundamentais a serem considerados nesse contexto de pesquisa.
Em uma segunda fase do projeto, a equipe se deslocou para o município de Bagre, na Ilha do Marajó, no Pará, onde deu início a uma nova etapa de perfuração. A operação teve início no domingo (19) e está prevista para durar cerca de três meses, com o objetivo de atingir até 1.250 metros de profundidade.
O equipamento de sondagem percorreu aproximadamente 3800 quilômetros via rios Juruá, Solimões e Amazonas, em uma jornada que durou 29 dias. A bacia sedimentar onde ocorre a perfuração na Ilha do Marajó recebe sedimentos de rios que drenam tanto a Amazônia quanto o Cerrado, o que possibilita a reconstrução da história dessas regiões.
As amostras coletadas serão analisadas no repositório do ICDP, na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e em diversas universidades ao redor do mundo. O investimento total da sondagem é de cerca de US$ 3.9 milhões, com contribuições de entidades como o ICDP, a National Science Foundation, o Smithsonian Tropical Research Institute e a FAPESP. Este projeto promete trazer importantes descobertas para a ciência e a compreensão da região amazônica.
Fonte: @ Terra
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