Profissionais de saúde do Brasil destacam a importância da vacinação e detecção precoce para combater problemas de saúde pública e complicações sérias. Imunização, práticas sexuais seguras e marcadores virais são fundamentais.
O combate às hepatites virais é fundamental para a saúde global da população. No mundo, 1,4 milhões de mortes são atribuídas anualmente a essas infecções, seja por infecção aguda, cirrose ou câncer hepático ligados à manifestação dessas hepatites.
Prevenir as hepatites virais é essencial para impedir o avanço das infecções hepáticas e suas consequências graves. A conscientização sobre os fatores de risco e a importância da vacinação são passos cruciais na luta contra as hepatites. A detecção precoce e o tratamento adequado podem salvar vidas e reduzir o impacto das hepatites virais na saúde pública.
Prevenção e Diagnóstico das Hepatites Virais
No Brasil, as hepatites virais são um grupo de infecções hepáticas que apresentam diferentes graus de gravidade, podendo levar a complicações sérias como insuficiência hepática aguda, cirrose e carcinoma hepatocelular, sendo as hepatites B e C as mais associadas a essas manifestações. A hepatite D, mais prevalente na região Norte do país, afeta indivíduos já infectados pelo vírus da hepatite B, enquanto a hepatite E, considerada uma zoonose rara no Brasil, também requer atenção.
A detecção precoce da infecção pelos vírus das hepatites é fundamental para um tratamento eficaz. Muitas vezes, a falta de sintomas iniciais torna o diagnóstico desafiador, ressaltando a importância dos profissionais de saúde solicitarem sorologias para as hepatites A, B e C. Além disso, é essencial discutir a imunização como medida preventiva, especialmente para as hepatites A e B na ausência de marcadores dessas infecções.
Medidas Preventivas e Vacinação
As medidas de prevenção incluem a vacinação contra hepatites A e B, práticas de higiene pessoal, saneamento adequado para evitar hepatites A e E, além de orientações sobre práticas sexuais seguras e a importância de evitar o contato com fluidos corporais infectados para prevenir hepatites B e C. É crucial ressaltar que até o sexo oral-anal pode levar à transmissão da hepatite A.
A vacinação para hepatite A é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS), com um esquema vacinal que prevê dose única da vacina, recomendada para crianças entre 15 meses e cinco anos incompletos. Já a vacinação contra hepatite B deve iniciar com a primeira dose nas primeiras 12 a 24 horas de vida, seguindo um esquema de 0, 1 e 6 meses, independente da idade do indivíduo.
Sintomas e Diagnóstico das Hepatites
No estágio agudo, os sintomas das hepatites virais podem incluir febre, anorexia, náuseas e vômitos, podendo se assemelhar a outras infecções virais. O diagnóstico torna-se mais claro com a manifestação de icterícia, colúria e acolia fecal, embora esses sintomas nem sempre estejam presentes. Em alguns casos, os sintomas desaparecem sem tratamento, mas a infecção viral pode persistir cronicamente.
A forma crônica das hepatites virais pode passar despercebida e ser diagnosticada tardiamente, aumentando o risco de complicações como cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. Para um diagnóstico preciso, é essencial realizar uma análise laboratorial detalhada, iniciando com a avaliação dos marcadores de lesão hepática e dos marcadores específicos virais.
Outras Causas e Estratégias de Prevenção
Além dos vírus A, B, C, D e E, outras infecções virais, bacterianas, reações autoimunes, o uso de certos medicamentos e o consumo de álcool também podem desencadear hepatites. É fundamental considerar essas possibilidades quando as infecções virais não são identificadas.
Em suma, a prevenção e o diagnóstico precoce das hepatites virais demandam uma abordagem ampla que englobe a imunização, medidas de saneamento básico, educação sobre práticas sexuais seguras e acesso a testes laboratoriais eficazes. A implementação dessas estratégias é fundamental para controlar esse importante problema de saúde pública.
Fonte: @ Veja Abril
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