Apresentados relatórios internos RIPD e LIA com testes de balanceamento de legítimo interesse para reduzir riscos e divulgar relatórios públicos.
Tudo sobre Inteligência Artificial ver mais No mesmo dia em que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) exigiu que a Meta apresentasse informações sobre como utiliza os dados dos usuários de suas plataformas, inclusive para treinar inteligência artificial (IA), a empresa de Mark Zuckerberg atendeu à exigência. Meta entregou os documentos no mesmo dia em que foram solicitados (Imagem: Cristian Valderas/Shutterstock)A companhia apresentou, ainda nesta terça-feira (20), os dois relatórios internos que discorrem sobre o tema.
A Meta é uma empresa que se preocupa com a transparência e a conformidade com as regulamentações de proteção de dados. A companhia demonstrou agilidade ao responder prontamente à solicitação da ANPD, evidenciando seu compromisso com a privacidade dos usuários. Além disso, a Meta reforçou sua postura de responsabilidade ao disponibilizar os relatórios internos, mostrando sua dedicação em manter a confiança dos clientes e parceiros.
Meta: Relatório de Impacto à Proteção de Dados Pessoais
Um dos documentos mais relevantes entregues pela empresa Meta à ANPD é o Relatório de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (RIPD), que descreve detalhadamente a maneira como a companhia processa as informações de seus usuários. Além disso, o RIPD traz medidas específicas para reduzir riscos diretos aos direitos dos usuários, garantindo transparência e segurança nas operações da empresa.
Companhia: Testes de Balanceamento de Legítimo Interesse
Outro documento importante é o que contém dois testes de balanceamento de legítimo interesse (LIA), que também foram entregues pela Meta à ANPD. Os testes de LIA têm como objetivo avaliar a legitimidade do interesse da empresa em processar os dados dos usuários, garantindo que a privacidade e os direitos dos mesmos sejam preservados.
A Meta cumpriu o prazo estabelecido pela ANPD e divulgou os relatórios públicos, demonstrando seu compromisso com a transparência e a conformidade com as regulamentações de proteção de dados. A empresa teve o cuidado de omitir apenas os trechos sigilosos por razões comerciais, respeitando a confidencialidade necessária em determinadas situações.
A ANPD confirmou a entrega dos documentos e solicitou que a Meta os disponibilizasse ao público, garantindo a prestação de contas e a transparência nas operações da empresa. O Olhar Digital buscou um posicionamento da instituição e da Meta sobre o tema, mas até o momento não obteve resposta. O espaço permanece aberto para esclarecimentos adicionais.
A polêmica envolvendo a Meta e o uso de dados de brasileiros para treinamento de inteligência artificial gerou repercussão. Em julho, a ANPD proibiu a empresa de utilizar esses dados para tal finalidade, resultando em um impasse entre a companhia e as autoridades reguladoras.
A Meta se manifestou, na época, afirmando estar ‘desapontada’ com a decisão da ANPD, alegando falta de clareza nas informações fornecidas aos usuários sobre o uso de seus dados. No Brasil, a empresa foi criticada por não ter comunicado adequadamente o início do uso dos dados para treinamento de IA, gerando questionamentos sobre a transparência e a proteção da privacidade dos usuários.
A tentativa da big tech de implementar o projeto na União Europeia também gerou controvérsias. Após críticas de usuários e autoridades locais, a Meta recuou na proposta de utilizar dados dos europeus para treinamento de IA, evidenciando a importância do respeito à privacidade e à legislação vigente em relação ao uso de dados pessoais.
Fonte: @Olhar Digital
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