De 27 unidades básicas de saúde, 19 desapareceram. Metade da cidade perdeu equipamentos do setor de saúde. Quatro UPAs, dois hospitais, CAPS, farmácias municipais: 180mil desalojados. Importante: Graças, Canoas, casos menos graves, Hospital da Aeronáutica. Serviços divididos: porta de entrada. Equipe valorosa: Hospital, Campanha, Graças, Universitário.
Uma parte significativa de Canoas, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, está inteiramente inundada. Como resultado, os recursos da área da saúde do lado inundado foram severamente afetados.
A população local, especialmente os moradores da região inundada, estão enfrentando desafios diários devido aos serviços de saúde comprometidos. Muitos estão perdidos e inundados sem acesso adequado a atendimento médico. A situação exige uma resposta urgente e coordenada para atender às necessidades emergenciais da comunidade afetada.
Impacto da enchente em Canoas na área da saúde
Das 27 unidades básicas de saúde, 19 foram comprometidas pela enchente; das quatro unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a cidade perdeu três; o Hospital de Pronto Socorro foi completamente inundado, sem contar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e as farmácias municipais. Canoas tem mais de 180 mil pessoas desalojadas, que tiveram que deixar suas casas devido às áreas inundadas.
Diante dessa situação crítica, metade dos equipamentos de saúde da cidade foi afetada, resultando em uma sobrecarga nos serviços de saúde. A emergência e a urgência foram centralizadas no Hospital Nossa Senhora das Graças, enquanto os leitos de retaguarda foram direcionados para o Hospital Universitário de Canoas.
‘Nos organizamos para dividir os serviços. Assim, a principal porta de entrada para casos de trauma e emergência ficou no Hospital Nossa Senhora das Graças, onde estabilizamos os pacientes antes de transferi-los para o hospital universitário. Estamos operando com dois hospitais em conjunto’, afirmou Leandro Santos, superintendente do Hospital Nossa Senhora das Graças, em entrevista à Agência Brasil.
Com a destruição de parte da estrutura de saúde, o número de atendimentos no hospital mais que dobrou, passando de 100 para cerca de 220 a 250 pacientes por dia. Para lidar com essa demanda, no sábado (11), será inaugurado o Hospital de Campanha da Aeronáutica na cidade, para atender casos menos graves, permitindo que o Hospital Nossa Senhora das Graças se concentre nos casos mais críticos e de risco.
Leandro Santos relatou que a equipe está abalada com a situação. No hospital, 50% dos funcionários perderam tudo e muitos não conseguem comparecer ao trabalho devido às condições adversas. No entanto, o hospital conta com voluntários em todas as áreas, desde médicos até cozinheiros, trabalhando incansavelmente para atender a demanda crescente.
‘Estamos operando em modo de guerra para garantir o atendimento. Nossos profissionais também foram afetados, mas estamos conseguindo lidar com a situação. Temos uma equipe valorosa’, destacou Leandro Santos. O Hospital Nossa Senhora das Graças criou um Pix para receber doações e também está aceitando ajuda através do Instagram @hospital_gracas.
Fonte: @ Agencia Brasil
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