Ministra Nísia Trindade enfatiza que não há “distribuição” de hospitais, priorizando o programa de reestruturação sob gestão do governo federal.
O Ministério da Saúde anunciou a prorrogação do Comitê Gestor por 30 dias, responsável por gerenciar os hospitais federais no Rio de Janeiro. A medida tem o objetivo de preservar a eficiência na gestão da saúde pública na região. Essa decisão foi tomada considerando a importância da continuidade das ações e do acompanhamento das atividades hospitalares.
É fundamental garantir a continuidade das ações do Ministério da Saúde para manter a qualidade dos serviços prestados à população. O apoio do órgão da Saúde é essencial para o funcionamento adequado das unidades hospitalares, visando sempre o bem-estar dos cidadãos. A atuação conjunta do Comitê Gestor e da pasta da Saúde é fundamental para enfrentar os desafios e garantir um atendimento de excelência para os pacientes.
Ministério da Saúde enfrente nova crise em hospitais
No mês anterior, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, se viu em meio a uma nova crise em relação à sua permanência no cargo, após denúncias sobre a situação das unidades sob responsabilidade do Ministério da Saúde. Durante uma coletiva de imprensa recente, a ministra negou veementemente a ideia de distribuição dos hospitais para que outros organismos assumam a gestão. Ela enfatizou que o governo federal pretende liderar o processo de reestruturação dessas unidades, mantendo o foco na visão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante o evento, Nísia Trindade reforçou que o Ministério da Saúde não abrirá mão de coordenar um programa de reconstrução dos hospitais federais, especialmente os do Rio de Janeiro. A pasta está engajada na elaboração do Programa de Reestruturação dos Hospitais Federais, porém, ainda não há uma previsão acerca da conclusão desse plano. A ministra destacou que as decisões serão tomadas com cautela e que rejeita categoricamente a ideia de simplesmente ‘distribuir’ as unidades para outras entidades.
‘Tudo será conduzido com extremo cuidado, por isso discordo veementemente da proposta de distribuição. Conforme colocado de forma clara pelo presidente Lula, é preciso resolver os problemas’, afirmou a ministra. É importante salientar que no último mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou atenção de Nísia Trindade durante uma reunião ministerial, questionando a dificuldade da pasta em lidar com a crise nos hospitais, a questão da dengue, e a situação da população Yanomami.
Durante a coletiva, Nísia também apresentou um panorama das ações implementadas nas unidades e das próximas etapas a serem cumpridas, como a criação de uma portaria comum para centralizar as compras, contribuindo para o controle sobre os suprimentos adquiridos para os hospitais. A rede federal do Rio, que engloba unidades como o Hospital Federal do Andaraí (HFA) e o Hospital dos Servidores do Estado (HFSE), tem um histórico de precariedade e problemas de funcionamento que remontam a vários anos.
Em um esforço para melhorar a situação, o Ministério da Saúde reabriu 300 leitos e contratou 294 profissionais para os hospitais federais no ano de 2023. A pasta destacou um crescimento de 10% nos atendimentos ambulatoriais e de 22% nas internações em comparação com o ano anterior, evidenciando uma ação mais robusta para lidar com os desafios presentes nos hospitais geridos pelo órgão da Saúde.
Fonte: @ Estadão
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