Espaços de convívio e saúde mental recebem financiamento federal para consolidar rede de inclusão social. Aprovação de 216 unidades prevista nos próximos anos.
Em mais um avanço para garantir a promoção da Saúde, o Ministério da Saúde está prestes a regulamentar os Centros de Convivência (CECOs) – locais que têm como objetivo principal promover a Saúde mental por meio do convívio social, utilizando a arte, cultura e aprendizagem como ferramentas de cuidado e inclusão social.
Essa iniciativa do Ministério da Saúde demonstra o compromisso do governo em fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e garantir que os Centros de Convivência sejam espaços acolhedores e terapêuticos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e da Saúde mental da população.
Saúde: Consolidação da Rede de Convívio Social e Inclusão Social
Durante a última semana, em uma reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), foi pactuada uma medida crucial para a Saúde. Mais de 100 unidades municipais serão regulamentadas até o final de 2025, recebendo financiamento federal. A meta estabelecida até 2027 é a consolidação da rede com 216 novos centros, com um investimento de R$ 80,6 milhões.
Os primeiros Centros de Convivência surgiram há mais de 30 anos na rede estadual e municipal, porém, não contavam com o financiamento federal. Com a regulamentação, de forma inédita, essas unidades passarão a receber uma parcela única de incentivo de R$ 20 mil para implantação, além de parcelas mensais de custeio por serviço habilitado, variando de R$ 360 mil a R$ 480 mil anualmente, dependendo do perfil da unidade de saúde.
Esses espaços públicos têm como objetivo acolher pessoas com qualquer condição de saúde, incluindo aquelas que recebem tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). São pontos de atenção à saúde mental que fortalecem a desinstitucionalização, o cuidado em liberdade e a reabilitação psicossocial.
Com uma variedade de atividades coletivas e individuais, esses centros são estruturados para oferecer oportunidades de geração de trabalho e renda, por meio de programas de economia solidária; produção cultural, como artesanato e música; e também atividades de lazer, como passeios e visitas a espaços culturais.
De acordo com a diretora do Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (Desmad), Sônia Barros, os Centros de Convivência são programas que envolvem a arte, a cultura, a inventividade e a produção de sentidos de vida, contribuindo para a autonomia das pessoas em sofrimento psíquico. Trata-se do conceito de cuidado em liberdade e da busca pela autonomia e convívio em sociedade, permitindo que as pessoas se reconectem com os espaços de cuidado de si e do outro.
Ao contrário dos equipamentos assistenciais, esses locais não oferecem atendimento médico ou psicoterapêutico, mas estão disponíveis para todas as pessoas em sofrimento psíquico, incluindo aquelas que enfrentam problemas com álcool e outras drogas, atuando como pontos de articulação com a vida cotidiana e a cultura.
É importante ressaltar que, embora atendam principalmente pessoas com problemas de saúde mental severos e persistentes, esses locais não se limitam a essas condições de saúde, representando um espaço aberto para todos os cidadãos. Ministério da Saúde.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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