Ex-presidente acusado de interferir na PF: Pedido de arquivamento negado, inquérito aberta no PGR. Procurador-geral Lindôra Araújo recebe despacho. Sergio Moro, ministro da Justiça, dirige. Investigações conduzidas, declarações coletadas. Vice-procuradora Araújo possui, relatório em andamento, diretor Valeixo.
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou hoje que a Procuradoria-Geral da República (PGR) analise se pretende manter o requerimento de encerramento de uma investigação sobre a alegada interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
No segundo parágrafo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reiterou a importância da Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionar sobre o arquivamento do inquérito, destacando a necessidade de transparência e imparcialidade no processo.
Ministro Alexandre de Moraes analisa pedido de arquivamento no STF
No recente despacho, o ministro Alexandre de Moraes solicitou que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, faça uma avaliação cuidadosa do pedido de arquivamento da investigação em questão. Em 2020, a então vice-procuradora, Lindôra Araújo, manifestou-se a favor do arquivamento do caso. Gonet assumiu o cargo após ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ter sua posse em dezembro do ano passado ratificada pelo Senado. Ele sucedeu o procurador Augusto Aras, nomeado por Bolsonaro.
A investigação, que teve início após as declarações de Sergio Moro ao se demitir do cargo de ministro da Justiça, acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal ao destituir o então diretor Maurício Valeixo, indicado por Moro, foi conduzida com rigor. Em março de 2022, a Polícia Federal concluiu que Bolsonaro não interferiu na instituição e também defendeu o arquivamento do caso.
Durante os quase dois anos de investigação, dezoito pessoas foram ouvidas, perícias foram realizadas, análises de dados foram minuciosas e sigilos telemáticos foram quebrados. No entanto, não foram encontradas provas consistentes para embasar uma ação penal. Pelo contrário, todas as testemunhas ouvidas afirmaram categoricamente que não receberam qualquer orientação ou pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar as investigações conduzidas na Polícia Federal, conforme consta no relatório final.
Agora, aguarda-se o parecer de Paulo Gonet para que o ministro Alexandre de Moraes possa tomar a decisão final sobre o arquivamento do inquérito contra Bolsonaro. A análise criteriosa dos fatos e das evidências apresentadas será fundamental para a conclusão deste processo.
Fonte: @ Agencia Brasil
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