Ex-presidente Bolsonaro e outros 11 indiciados em inquérito por apropriação indevida e tentativa de desviar, entrega do relatório garantido acesso.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (8) tornar público o relatório que investiga a suspeita de desvio de joias da Arábia Saudita, retirando o sigilo que antes protegia as informações. Essa ação visa trazer maior transparência e clareza ao processo em andamento.
O documento revela detalhes importantes sobre a investigação em andamento, trazendo à tona novas informações que podem contribuir significativamente para esclarecer o caso. O informe divulgado pelo ministro Alexandre de Moraes representa um passo importante na busca pela verdade e pela justiça, permitindo que a sociedade acompanhe de perto o desenrolar dos acontecimentos.
Relatório da Polícia Federal revela tentativa de desvio de presente saudita
Na última semana, a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas em um inquérito que apura a apropriação indevida de um presente dado pelas autoridades sauditas. O documento entregue pela PF no Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (5) detalha a suposta tentativa de desviar e ocultar o presente em questão.
Entrega do relatório e vazamento de informações
Antes mesmo da entrega oficial do informe, detalhes do caso já haviam sido divulgados pela imprensa, causando desconforto no gabinete do ministro Moraes. A Corte emitiu uma nota negando ter recebido o relatório antes do vazamento. Entre os indiciados estão nomes como o tenente-coronel Mauro Cid, o general de Exército Mauro Lourenna Cid, Osmar Crivelatti, Marcelo Câmara, Fábio Wajngarten e Frederick Wassef, todos ligados ao ex-presidente.
Garantido acesso aos advogados e análise da Procuradoria Geral da República
Moraes determinou que os advogados tenham acesso integral ao relatório e enviou o processo para a Procuradoria Geral da República para análise. O prazo de 15 dias estabelecido pela legislação penal permitirá que a PGR decida sobre o aprofundamento das investigações, o arquivamento do caso ou a apresentação de denúncia.
Levantamento do sigilo e descrição da organização criminosa
O ministro levantou o sigilo do processo após a entrega do relatório pela PF, que descreve uma suposta organização criminosa destinada a desviar presentes recebidos por autoridades brasileiras. O documento também levanta suspeitas sobre a tentativa de ocultar e recuperar joias apreendidas pela Receita Federal.
Disponibilização pública do relatório e manifestações das defesas
Embora a íntegra do relatório ainda não esteja disponível no sistema do STF, a Corte garante que em breve estará acessível ao público. Após o vazamento de partes do documento, o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, optou por não se manifestar até ter acesso ao relatório completo. A Agência Brasil busca contato com as demais defesas dos indiciados para obter seus posicionamentos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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