Produtos de captação bancária seguem populares; estoques cresceram 15% em 12 meses até junho, diz Conselho Monetário Nacional.
O estoque de produtos bancária na de captação aumentou 15% nos últimos 12 meses até junho deste ano, conforme informações divulgadas pela bolsa nesta sexta-feira (26).
Além disso, a empresa revelou que suas reservas de produtos financeiros também tiveram um crescimento significativo, demonstrando a solidez do estoque da instituição. A gestão eficiente do inventário e do depósito tem sido fundamental para o sucesso da empresa no mercado financeiro.
Impacto das Restrições do Conselho Monetário Nacional no Estoque de Títulos de Dívida Bancária
No entanto, os fluxos em alguns produtos adotaram comportamentos distintos desde fevereiro deste ano, quando títulos de dívida bancária isentos de imposto de renda (IR) foram impactados pelas restrições impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O grupo afetado inclui as letras de crédito do agronegócio (LCA) e letras de crédito imobiliário (LCI), favoritas de investidores pessoas físicas pela liquidez no mercado. Esses títulos tiveram queda relevante de registros na bolsa.
Um levantamento da B3 feito a pedido do Valor Investe mostra que o estoque das LCAs saíram de R$ 478,1 bilhões no fim de janeiro deste ano, antes de a resolução do CMN entrar em vigor, para R$ 472,9 bilhões em junho, uma queda de pouco mais que 1%. Nas LCIs, o recuo foi mais relevante, de 2,85%. O estoque desses produtos saiu de R$ 372,9 bilhões para R$ 362,3 bilhões no mesmo intervalo.
Em 1º de fevereiro deste ano, o CMN alterou as regras para elegibilidade de lastros para títulos de dívida bancária isentos de IR. Para as letras de crédito, o conselho ainda estendeu o prazo mínimo de vencimento de 90 dias para 12 meses nas LCIs e nove meses para LCAs. Isso provocou queda nas emissões desses títulos neste primeiro semestre, consequentemente revertendo o crescimento praticamente constante dos estoques da classe.
Para se ter dimensão do fluxo anterior, o estoque das LCIs cresceu 20% na base anual, e os das LCAs, 12% contra o consolidado em junho de 2023.
Expansão do Estoque de Produtos de Captação Bancária
A mudança de regra implementada no início do ano que aumentou os prazos mínimos de carência para LCIs e LCAs ocasionou a redução no registro dos produtos desde então e, consequentemente, desacelerou o crescimento do estoque, apresentando números menores do que os vistos nos anos anteriores. Mesmo assim, todos os instrumentos de captação bancária registraram crescimento no estoque no primeiro semestre do ano, comenta Fábio Zenaro, diretor de produtos de balcão e novos negócios da B3.
Mercado continua bombando Olhando para os produtos de renda fixa de captação bancária como um todo – ou seja, aqueles instrumentos que servem para bancos captarem recursos no mercado – o cenário é de expansão forte. No fim do primeiro semestre de 2024, o estoque desses papéis alcançou R$ 4,9 trilhões, contra R$ 4,2 trilhões no fim de junho de 2023. Os números englobam os estoques registrados de Certificado de Depósito Bancário (CDB), Depósito Interfinanceiro (DI), Letra Financeira (LF), Letra Imobiliária Garantida (LIG) e Recibo de Depósito Bancário (RDB), além das LCAs e LCIs.
Os CDBs continuam sendo os produtos mais populares entre os investidores e com o maior volume registrado. O estoque das CDBs teve crescimento também de 15% nesses 12 meses, saindo de R$ 2 trilhões em junho de 2023 para R$ 2,4 trilhões no último mês. Já os RDBs, que são geralmente aqueles em que se investe quando se coloca dinheiro nas ‘caixinhas’, ‘porquinhos’ ou nas contas com rendimento dos bancos, foram os produtos que registraram maior crescimento, com estoque de R$ 472,7
Fonte: @ Valor Invest Globo
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