Cerimônia destacou mulheres importantes da história francesa, promovendo igualdade e direitos femininos, combatendo discriminação e defendendo o aborto.
Ao som do hino nacional brasileiro, entoado por um grupo de 25 mulheres, com destaque para a voz principal da cantora Maria Silva, o evento celebrou a importância das mulheres na cultura brasileira, prestando uma homenagem a sete figuras femininas icônicas. Foto: Reprodução/TV Globo A inauguração do Festival de Verão de São Paulo 2025 ocorre na próxima quinta-feira, 25, em São Paulo, no Brasil.
No segundo dia do festival, haverá uma exposição especial dedicada às artistas femininas contemporâneas, destacando suas contribuições para o cenário feminino da arte brasileira. Além disso, está prevista a apresentação de uma peça teatral inédita, escrita e dirigida por uma renomada dramaturga mulher. A programação promete surpreender e encantar o público presente.
Mulheres na História Francesa
Ao som do hino nacional francês, executado por um coral composto por 34 mulheres, com destaque para a voz de Axelle Saint-Cirel, o país celebrou a participação feminina na história por meio de uma homenagem a dez grandes nomes femininos. Durante o quinto capítulo da abertura, intitulado Sororité (Sororidade), estátuas douradas de cada uma dessas figuras foram apresentadas, acompanhadas de breves resumos de suas conquistas.
Olympe de Gouges (1748-1793)
Olympe de Gouges, também conhecida como Marie Gouze, foi uma defensora crucial da democracia e dos direitos das mulheres. Sua obra mais famosa, a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, advogava pela participação feminina na esfera pública e pela liberdade de expressão. Infelizmente, em novembro de 1793, Marie foi guilhotinada por suas opiniões.
Alice Milliat (1884-1957)
Alice Joséphine Marie Milliat Million lutou incansavelmente contra a exclusão das mulheres nos Jogos Olímpicos, sendo responsável pela criação da Fédération dês sociétés féminines sportives de France, em 1912, e dos Jogos das Mulheres, em 1922.
Gisèle Halimi (1927-2020)
Gisèle Halimi, advogada tunisiana, destacou-se nas batalhas pela ampliação dos direitos femininos, incluindo igualdade de gênero, descriminação da homossexualidade e direito ao aborto. Ela é reconhecida como uma das grandes figuras do feminismo francês.
Simone de Beauvoir (1908-1986)
Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir foi uma das mentes mais proeminentes do feminismo moderno, atuando como escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa. Autora de O Segundo Sexo, ela analisou a opressão das mulheres e esteve envolvida em movimentos pelos direitos femininos.
Paulette Nardal (1896-1985)
Paulette Nardal, escritora negra francesa, foi uma das pioneiras do movimento Negritude. Em suas obras, ela defendia a consciência pan-africana, promovendo laços entre povos indígenas e diásporas africanas, e abordava as interseções entre sexismo e racismo.
Jeanne Barret (1740-1807)
Jeanne Barret foi a primeira mulher francesa a dar a volta ao mundo no século 18, disfarçando-se de homem em suas expedições. Descobriu mais de 6 mil espécies de plantas e tornou-se especialista em medicina botânica.
Louise Michel (1830-1905)
Louise Michel, conhecida como a ‘Virgem Vermelha’, foi uma figura importante na Comuna de Paris. Defensora dos direitos das mulheres e dos trabalhadores, ela foi uma líder revolucionária que lutou por igualdade e justiça social.
Fonte: @ Nos
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