Estudo analisou impacto do racismo na atividade cerebral de 90 mulheres negras, revelando efeitos do envelhecimento biológico por experiências racistas.
A pesquisa revelou os efeitos da discriminação na saúde mental. Um estudo recente divulgado na revista científica Neurology mostrou que pessoas idosas que enfrentam discriminação por causa da idade podem ter um aumento no risco de desenvolver demência. Os pesquisadores analisaram um grupo de 120 idosos, com uma média de 70 anos, para entender melhor a relação entre envelhecimento e demência.
Além disso, a investigação destacou a importância de combater o racismo e a discriminação em todas as idades para promover uma sociedade mais saudável e justa. A conexão entre esses fatores e as doenças associadas ao racismo e ao envelhecimento merece atenção e ação imediata para garantir o bem-estar de todos.
Impactos do Racismo e da Discriminação na Atividade Cerebral e no Envelhecimento
Os dados recentemente analisados revelaram que as vítimas de racismo enfrentam uma intensificação da atividade cerebral, o que acelera o processo de envelhecimento e desencadeia o surgimento de diversas condições. É notável que pessoas que foram expostas a mais experiências racistas tendem a ficar mais propensas a ruminação, e essa tendência pode ser refletida no envelhecimento biológico ao longo do tempo. O envelhecimento é um processo natural que segue um ritmo específico, porém, quando esse ritmo é acelerado, as chances de desenvolver doenças associadas ao envelhecimento, como diabetes, problemas cardíacos, acidente vascular cerebral e demência, aumentam consideravelmente, ocorrendo mais precocemente na vida, conforme destacou Negar Fani, coautor do estudo e professor de psiquiatria e ciências comportamentais na faculdade de medicina da Universidade Emory, localizada em Atlanta.
Experiências Traumáticas e o Envelhecimento Biológico
Além do racismo e da discriminação, outras experiências traumáticas relacionadas ao estresse podem desencadear o mesmo efeito no processo de envelhecimento. Como explicado por Edson Issamu, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o estresse pode desencadear reações bioquímicas intensificadas, levando as células a um esgotamento acelerado, resultando em sua morte ou deterioração das atividades. Esses eventos podem contribuir para o desenvolvimento precoce de condições como demência, diabetes e outras doenças associadas ao envelhecimento.
Fatores Associados ao Desenvolvimento de Demência
Diversos fatores podem favorecer o surgimento da demência em pacientes. Entre eles, estão indivíduos obesos, sedentários, fumantes, consumidores excessivos de álcool e drogas, pessoas submetidas a estresse crônico por longos períodos, portadores de distúrbios do sono, usuários de medicamentos psicotrópicos e indutores do sono em doses acima do recomendado, além daqueles com histórico familiar consistente. É fundamental estar atento a esses aspectos para prevenir o desenvolvimento precoce de demência e outras condições relacionadas ao envelhecimento.
Fonte: @ Minha Vida
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