Idosos e crianças pequenas sofrem mais com SRAG grave, causada por VSR, Sars-CoV–2 (covid-19), rinovírus. Mortalidade alta em população infantil e idosos. Vacinação em campanha aberta. Use máscara. Ver boletim em InfoGripe, Fundação Oswaldo Cruz. Últimas 4 semanas: Semana Epidemiológica.
As internações e mortes relacionadas à síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão em evidência no Brasil, sobretudo os casos causados pelos vírus sincicial respiratório (VSR) e pela Influenza. O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (2), revela o aumento contínuo de casos. Os dados analisados correspondem à Semana Epidemiológica 17, considerando o período entre 21 e 27 de abril.
A preocupação com as hospitalizações e decesos decorrentes da SRAG permanece em destaque no cenário nacional, especialmente frente aos impactos do VSR e da Influenza. A Fiocruz divulgou novas informações no Boletim InfoGripe, atualizando os dados da Semana Epidemiológica 17, cobrindo o período de 21 a 27 de abril. É crucial manter atenção redobrada a fim de conter a propagação e minimizar os efeitos das doenças respiratórias.
Desafios no Controle da Covid-19: Aumento de Internações e Mortes
Segundo as recentes informações do boletim epidemiológico, observa-se um cenário preocupante em relação às internações e mortes decorrentes de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem sido um dos principais responsáveis pelo aumento expressivo da incidência e mortalidade de SRAG em crianças de até 2 anos de idade. Além disso, outros vírus respiratórios, como o Sars-CoV-2 (covid-19) e rinovírus, continuam a afetar a população infantil.
Surtos e Variações: Desafios para a População
No que diz respeito aos idosos, observa-se que o número de mortes por SRAG continua elevado, com destaque para os óbitos relacionados à covid-19. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os dados apontam para uma distribuição significativa dos casos positivos para diferentes vírus respiratórios. O VSR teve uma proporção de 58,0%, seguido por 7,9% de Sars-CoV-2 (covid-19), 24,3% de Influenza A e 0,4% de Influenza B. Em relação às mortes no mesmo período, 46,4% foram atribuídas ao Sars-CoV-2 (covid-19), 38,0% à Influenza A, 11,6% ao VSR e 1,1% à Influenza B.
Importância da Vacinação e Medidas Preventivas
Diante desse panorama, a vacinação torna-se fundamental para conter a propagação desses vírus respiratórios. É essencial ressaltar a importância da campanha de vacinação contra a influenza, que está aberta para todas as faixas etárias. No entanto, a vacina da gripe não é a única arma contra essas doenças. O uso de boas máscaras também é crucial, especialmente ao buscar atendimento médico ou ao apresentar sintomas de infecção respiratória.
Marcelo Gomes, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e coordenador do Boletim InfoGripe, destaca a necessidade de medidas preventivas, como o uso de máscaras de qualidade, como N95, KN95 e PFF2, para reduzir o risco de transmissão. Além disso, o repouso e o isolamento são recomendados para evitar a propagação desses vírus.
Análise Epidemiológica: Tendências e Desafios Locais
Na análise por unidades federativas, 22 estados registram um aumento nos casos de SRAG. Dentre eles, destacam-se Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e outros. Em relação aos casos de SRAG por covid-19, observa-se uma redução nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto as demais regiões mantêm a estabilidade.
Analisando as capitais, 19 delas apresentam um sinal de crescimento nos casos de SRAG, incluindo Aracaju, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, João Pessoa, Maceió e Manaus. Esses dados evidenciam a necessidade de medidas eficazes para controlar a disseminação desses vírus e reduzir as taxas de internações e mortes, especialmente entre a população infantil e idosa.
Fonte: @ Agencia Brasil
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