Segunda-feira (29): SSP divulgou primeiro trimestre dados oficiais de gestão. Novos números: operação Verão finalizada (1º de abril). Escalada de mortes em Baixada Santista. Denúncias de abusos. Conselho ONU, Conectas, Comissão Arns investigam. Governo estadual: reajuste salarial, Gaesp apoio. Chão do quartel: material logístico, Apolio. Ministério Público, Tarcísio de Freitas, gestão SSP. Caso de escalada de mortes. DENUNCIE, Conselho e Comissão investigam abusos no chão do quartel (150 caracteres).
(AGÊNCIA DE NOTÍCIAS) – O número de mortes causadas por agentes de segurança no estado de São Paulo aumentou significativamente nos primeiros meses deste ano, de acordo com informações do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Registrou-se 179 mortes no período inicial de 2024, em comparação com 75 mortes no mesmo intervalo do ano anterior, representando um aumento de 138%.
Esses dados preocupantes revelam um cenário alarmante para as vítimas envolvidas e suas famílias, refletindo um aumento considerável no número de óbitos envolvendo a ação policial. É fundamental que medidas eficazes sejam implementadas para reduzir a incidência dessas mortes e garantir a segurança da população.
Escalada Alarmante de Mortes no Primeiro Trimestre
Os dados oficiais divulgados recentemente pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) revelaram um aumento significativo no número de mortes em ações da PM no estado de São Paulo. No primeiro trimestre de 2022, foi registrado o maior número de mortes desde 2020, com um total de 218 vítimas, em comparação com os 74 casos registrados no ano passado.
Uma das possíveis explicações para essa escalada de óbitos é a Operação Verão, realizada pela PM na Baixada Santista e finalizada em 1º de abril, que resultou em um total de 56 mortes. A incursão da polícia na região teve início em dezembro, sendo intensificada em fevereiro após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo.
A atuação da PM na Baixada Santista gerou críticas e denúncias de abusos por parte de organizações como a Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns, que apresentaram queixas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. O governador Tarcísio de Freitas, ao ser questionado sobre as denúncias, mostrou-se indiferente, afirmando que está tranquilo quanto às ações realizadas.
O cientista político Eduardo Viveiros de Freitas aponta a falta de comando na polícia como um dos principais problemas, destacando a importância de uma política de segurança que garanta apoio material, logística e reajuste salarial, mas que também demonstre controle e respeito aos direitos da população.
Além das críticas, o Gaesp, órgão do Ministério Público de São Paulo, abriu uma investigação para apurar denúncias de que os mortos na operação estariam sendo levados como vivos para hospitais. Esta situação levanta questões sobre a transparência e conduta das forças policiais durante a operação.
A Operação Verão tornou-se a segunda ação mais letal da história da polícia de São Paulo, ficando atrás apenas do massacre do Carandiru em 1992. Apesar do governo Tarcísio afirmar a prisão de mais de mil infratores desde dezembro, há questionamentos sobre a conduta e os resultados alcançados durante a operação.
Diante desse cenário, é fundamental que haja uma reavaliação da gestão da segurança pública no estado, buscando garantir a proteção dos cidadãos de forma eficaz e respeitando os direitos humanos. Os números alarmantes de mortes levantam questionamentos que precisam ser respondidos pelo governo estadual e pelas autoridades competentes para assegurar a segurança e a confiança da população.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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